Coincidência

Já aconteceu de nunca ter ouvido falar de uma determinada pessoa ou lugar e depois que escuta pela primeira vez, “por coincidência”, em todos os papos surge “essa descoberta”? Comigo acontece muito isso. Chega ser engraçado. Vou contar uma.
Eu não sou das artes, mas tenho vários amigos da área. Uma delas é a Christiane Fangueiro. No começo da carreira dela, tínhamos longas conversas sobre estilo, cores, formas, nomes, que caminho ela deveria seguir blá, blá, blá. Um dia ela me liga, eufórica e diz que estava no dentista e viu numa revista um trabalho de uma artista que ela se identificava demais. Que era lindo!! O nome da artista era Beatriz Milhazes. Isso aconteceu, acho 97/98. Esse dia foi determinante na carreira da minha amiga e a partir daí, eu não paro mais de ouvir e ver matérias sobre ela. Também pudera. Beatriz Milhazes faz parte da Geração 80 e tem obras nos acervos dos museus MoMa, Guggenheim e Metropolitan em Nova York. E este ano, no leilão de arte contemporânea da Sotheby's, a pintura O Mágico (avaliada em 350 mil dólares), foi vendida ao colecionador argentino Eduardo Costantini por 1,049 milhões de dólares, um recorde para artistas brasileiros vivos. Um espetáculo, não é?!