Dedicado às mulheres inteiras e ativas de todas as idades, cores e formas. Mulheres que interagem e abraçam a vida como der, puder e vier.
Sempre desejadas!








Parabéns mulheres...embora com atraso...

Amadas Inteirativas, depois de um longo e tenebroso inverno retorno ao nosso blog, pedindo desculpas pela minha ausência e prestando minha homenagem, atrasada, bem sei, a todas as mulheres corajosas, sensíveis, lutadoras e determinadas do nosso planeta.

Minha indicação é um filme muito forte que marcou esse Dia Internacional da Mulher, "Anjos Rebeldes". Aborda a conquista do VOTO FEMININO, nos Estados Unidos, Filadélfia, nos idos de 1912. Na TV a cabo, Cinemax e Cinemax 2, dias 17, 24, 26 e 31/03.

Sinopse: Uma mulher e sua melhor amiga iniciam uma campanha para que as mulheres também possam votar nos Estados Unidos. Com Hilary Swank, Anjelica Huston, Frances O'Connor, Patrick Dempsey e Julia Ormond.

Ficha Técnica:
Título Original: Iron Jawed Angels
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 123 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 2004
Direção: Katja von Garnier

A partir do sentimento que o filme despertou em mim, fui buscar as raízes da conquista do voto feminino no Brasil e achei um texto muito interessante que divido parte dele com vocês.
A Mulher e o Voto - Antônio Sérgio Ribeiro

Ao contrário de outros países, o movimento pelo voto feminino partiu de um homem, o constituinte, médico e intelectual baiano César Zama, que, na sessão de 30 de setembro de 1890, durante os trabalhos de elaboração da primeira Constituição republicana, defendeu o sufrágio universal, a fim de que as mulheres pudessem participar efetivamente da vida política do país. No ano seguinte outro constituinte, Almeida Nogueira, defendeu a participação das mulheres como eleitoras. No mesmo raciocínio Lopes Trovão, ao se discutir a Declaração de Deveres, usou da palavra para defender com afinco essa causa, que para ele era como uma reparação que vinha tardiamente.

Mas os inimigos eram fortes e em maior número. Entre os que rejeitavam a idéia estavam Lauro Sodré e Barbosa Lima. Cabe citar que, no primeiro dia do ano de 1891, 31 constituintes assinaram uma emenda ao projeto de Constituição, de autoria de Saldanha Marinho, conferindo o voto à mulher brasileira. A pressão, porém, foi tão grande que Epitácio Pessoa (posteriormente Presidente da República, em 1919-1922), que havia subscrito a emenda, dez dias depois, retirou o seu apoio. Entre aqueles que foram signatários da emenda constitucional, estavam Nilo Peçanha, Érico Coelho, Índio do Brasil, César Zama, Lamounier Godofredo e Fonseca Hermes. O próprio Ruy Barbosa e o Barão Rio Branco se manifestaram em defesa da igualdade política dos sexos.
E assim o Brasil deixou de ser o primeiro país do mundo a conceder o direito do voto à mulher. Em 1893 a Nova Zelândia teria a primazia da concessão do voto feminino.

Beijos,

2 comentários:

Anônimo disse...

Valeria, que bom seu retorno.
Assisti o filme Anjos Rebeldes e fiquei entusiasmada com a persistência das mulheres daquela geração tão contida.

Mônica Angeleas disse...

Estava com saudades!!!!!!!
Beijos