Com orçamento de aproximadamente R$ 12 milhões (o filme mais caro da história do cinema brasileiro) teve pré-estréia "Lula, o Filho do Brasil", para convidados, a nata do palácio do Planalto, e artistas e cinéfilos que prestigiaram a abertura do 42º Festival de Cinema de Brasília. O filme conta a história de Lula desde seu nascimento, em 1945, no sertão de Pernambuco, até sua consagração como líder sindical, em 1980, no ABC paulista. O filme não participará da mostra competitiva (porque?). O diretor Fábio Barreto reclamou da superlotação do Teatro Nacional onde o filme foi exibido, que além dos 1.320 lugares ocupados, teve toda sua escadaria preenchida por convidados. Segundo o cineasta, a situação oferecia risco ao público (olha o exemplo!) Nós mortais, só veremos a partir de 1º de janeiro, em todos os cinemas do país.
Segundo os produtores, serão realizadas exibições especiais para as comunidades pobres de grandes cidades e localidades da zona rural onde não há cinemas.
Pergunto: se o filme não tem intenção de ser um instrumento político, porque exibí-lo com exclusividade nas comunidades pobres?
Não seria então o caso de mostrar outros filmes para essas comunidades, para que tivessem acesso a cultura e educação em geral? Quem sabe, os melhores filmes do festival de cinema de Brasília, do Rio, de São Paulo, de Gramado para que pudessem conhecer outros trabalhos do cinema nacional?
Perguntar ofende?
Em tempo, pelo que vi, acho que Milhem Cortaz é o destaque do filme. Interpretação brilhante.
Confira o trailer
3 comentários:
Mari, parabéns pelo post onde você expressa, acredito, o que pensam pessoas de bom senso perplexas com o desperdício do dinheiro público, ou melhor, nosso dinheiro na produção do filme sobre o Lula.
As comunidades carentes não querem ver filme e sim comida, melhores condições de moradia,escolas,agua, luz, etc. etc.
Fábio Barreto se deu bem...ganhou uma graninha legal com a "obra de arte" vai dar algum pros necessitados?hahahahahaha..........................
Gentem
Sem dúvida, Mari!
Isso tudo é mesmo muito polêmico!
Mas vamos ser honestos: esta é A HISTÓRIA do século.
Nem Filhos de Francisco tem um enredo tão brasileiro, tão incrível.
Recomendo as crônicas e comentários que sstão saindo. Só para citar alguns, hoje tem o Xexéo e o Agamenon no Globo.
E vamos todos assistir, claro!
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