Quero falar sobre velhice. Pode? Pode. Tema livre. Escreve sobre o quê você quiser.
Lembrei da escola. Prova. Fiquei tensa.
Quantas coisas deixo de fazer por causa do medo da prova.
Na verdade poucas. Dá aquele frio na barriga e eu vou fazendo com aquele frio mesmo na barriga, meio de olho fechado (quando dá,agora, não dá). Vou escrevendo com os ombros contraídos de tensão. Mas não tem outro caminho, depois dou aquela bela estalada. Tudo melhora.
E cá estou eu na primeira pessoa, falando do meu umbigo. Espero que ele seja bonitinho e vocês gostem. Na verdade, todo o mundo tem um umbigo meio parecido. E pensando bem, acho que é a última parte do corpo que envelhece. Sem considerar o entorno, olhando para o umbigo assim tipo olho no olho. Ele tem sempre o mesmo jeitão. Enigmático. Discreto muitas vezes. Nossa primeira boca que jamais deu uma palavra. Fica ali. Só olhando a gente, pra gente. Pra que?Sei lá.
Numa plástica de barriga é o primeiro a ir pra bandeja. Fica ali no geladinho, calminho, esperando o médico terminar o trabalho dele. Depois volta. E olha ele aqui outra vez.
Centro do universo pra muita gente.
Muita gente.
Mas é sobre velhice que eu quero falar.
Difícil esse assunto, né?
30 comentários:
Claudinha, seja bem-vinda!
Fica tensa não! Conheço bem seus textos e suas produções no cinema e sei que vc é fera.
Beijos
Quem tem medo do proprio umbigo e' a Jane Murback do blog muito divertido "Mulheres Impossiveis" (wordpress.com). Eu gosto do meu, so que niguem pode ver ou encostar a mao. Claudia, queremos muitos posts !
Ah... Eu gosto do meu umbigo sim! Se eu não gostar, quem vai? E ele vai ficar velhinho comigo, quer dizer eu vou ficar velhinha em volta dele... Beijos!
Oba, posts da Claudinha. O coisa boa. Já começou botando o umbigo pra fora.
Minha amiga, adoro o seu umbigo! Tenho certeza que velho ou novo ele sempre dá o que falar ou o que clicar.
Bjs, Gabi
Claudinha,
Você me surpreendeu. Olha que como eu te conheço tão bem, fico uma leitora mais exigente. Eu simplesmente amei o texto. Quero ler outros, pode ser? Beijos, Maroca
ainda gosto do meu umbigo...é a barriga em volta dele que me incomoda.
porque todo mundo conhece a Claudinha e eu não??? Mônica, socorro!
Cláudinha,
muito corajosa!
Se eu já acha você uma menina muito bacana agora acho você espetacular!
Prometo visitar o blog sempre! Está nos meus favoritos!
Beijos, Nina (sua amiga do chopps)
Claudinha,
adorei!!! A partir de agora quando eu estiver pensando no meu pescoço, vou rapidinho olhar para meu umbigo!
Muitos beijos,
Flávia
É... Claudia tem razão quando diz que umbigo não fica velho. O meu ainda é bem bonitinho...hehehe...
E, falar de um spot que ao mesmo tempo é o chacara de muitos universos e que não tem cara de nada deve ser dificil mesmo. Parabéns, Claudia, voce foi muito bem!!!! Agora fale do dedo mindinho , outra peça bem tolinha mesmo,né? Ninguém precisa dele, só quando ele falta é que se nota a falta que ele faz...
Beijo, viu?
Elo
- "Claudinha, tem certeza que posso deixar um recado? Não é, tipo, um Clube da Luluzinha?"
- "Não, não... vai, deixa lá!"
OK, me permitam então entrar com minha sensibilidade masculina... o que foi? Tá pensando o que?? Que a gente não tem sensibilidade??? Temos sim!!!!
* Exemplo 1 : Sensibilidade olfativa. O "imbigo" (nomenclatura clássica para umbigo) não é aquele troço que a gente passa o cotonete e sai fedendo? Pois então!
* Exemplo 2 : Sensibilidade auditiva. "Eu vou chorar, lagrimas de crocodilo, vou inundar o seu umbigo". João Penca, anos 80, um clássico da poesia masculina.
* Exemplo 3 : Sensibilidade tátil. Quando chegamos bêbados, alguns orifícios tal qual o “imbigo” tendem a sofrer tentativas de penetração indesejável. É fato.
* Exemplo 4 : Sensibilidade palativa. O cheiro pode não ser bom, mas com Nutella e má intenção... huuummm...
* Exemplo 5 : Sensibilidade visual. "olhando para o umbigo assim tipo olho no olho". Não entendi.
Enfim, desculpa, mas não entendi nada.
Se tivesse a felicidade de nascer com alguma sensibilidade feminina, apostaria dizer que se trata de um texto maravilhoso, de alguém que anuncia sua chegada pontuada por algo inerente a primeira pessoa de todos nós : o umbigo.
Não é a toa que por ele nos conectávamos com as mais sabias das criaturas do amor incondicional.
Vinicius
Está ótimo!!! Escreva sempre, afinal se não cuidarmos do próprio umbigo, quem cuidará? Mas, ao mesmo tempo, a partir dele, se só olharmos pra ele nada seremos...não repare, é uma citação meio bíblica, em cima do muro! Mas gostei do blog, continuem por aí, beijos, Heleite
Claudinha minha linda comadre e amiga, adorei o texto, estarei de olho no blog para ler os próximos. Parabéns, matilde
Fala lorinha! Gostei muito do seu texto profundíssimo sobre o centro vital de nosso aspecto físico. Aliás adorei revê-la tão linda e cuidando tão bem do seu umbigo e do resto também. Tá na hora de nos encontrarmos e trocar conversas de bar, vida e umbigos. Sucesso sempre menina! Bjo no seu coração!
Parabéns Claudinha... vou colocar este blog na minha lista para uma checagem semanal hein! Olha a responsa! Beijão.
Claudinha,
O Blog é o ambiente aonde você não precisa ficar tensa. A espontaneidade é a chave do sucesso. beijos Roberto Bricio Pimpa
Claudinha vc escreveu sobre um assunto que gosto muito o envelhecimento do umbigo.Anos atrás uma amiga no clube ,em volta da piscina ,os filhos na aula de natação,todas ainda com o corpo mais ou menos,ela comenta que o nosso umbiguinho quando envelhece ele "chora'.Na época não entendi mas hoje com 51 sei bem o que significa.Minha linda vc é super jovem e muito bonita ,posso te dizer cuide do seu interior que o umbigo é o menor dos problemas.Bjs
Umbigo... adoro essa palavra. Até os meus 5 anos a palavra me intrigava,e acreditava que começava por "b": Um bigo, dois bigos,...
Gosto, mas tenho um enorme respeito por ele. Ninguém o toca senão eu. :)
Claudinha, tô super orgulhosa. Aproveito esse ciberespaço para reforçar a pessoa bonita e talentosa que você é. Vai dando notícias, sempre. Bjo grande
Andrea
adorei o "nossa primeira boca que não deu uma palavra", mas deixe o umbigo de lado e me fale sobre a velhice...
Claudinha,
Adorei o que vc escreveu. Nunca tinha parado pra pensar no meu umbigo, mas hj, lendo seu artigo, percebi como ele tem um simbolismo mesmo forte, né? É como se fosse uma marca do mundo, da ligação materna, sei lá.
Parabéns!
Beijos,
Dri
Claudinha querida, adorei poder ler seu texto aqui!
Falar de velhice pode ser difícil, mas ter a sensibilidade de pensar e escrever sobre o umbigo, você tirou de letra!!
Sucesso sempre em sua caminhada... beijo grande Faffy
Claudinha, querida amiga.
Adorei o seu texto, leve, divertido e ao mesmo tempo profundo. Quem depois de ler o seu texto nao ficou se indagando sobre o seu proprio umbigo e seus dilemas!!
Agora o melhor e quando nos lembramos da delicia que e ter amigos com quem compartilhar o nosso umbigo. Alias, isso e o melhor da vida, amigos como vc.
Muitos beijos e felicidades nessa nova fase da sua vida.
Ana Paula
Claudia
Benvinda! Adorei o umbigo!
Eu amo o meu, certinho, redondinho... e das crianças também.
Mas tem cada um.....Socoorro! Vou já provocar polêmica: e unha do dedão do pé? Se for feia, nem chego perto (risos)
bj
Sônia
Claudia,
Seja muito e muito bem-vinda entre as INTEIRATIVAS !!
E estou de acordo com o RUI que "adorou" a nossa primeira boca que não deu uma palavra...
Posso acrescentar? não precisa falar porque em determinados momentos, quando à mostra, ele (o umbigo) segure tantas coisas.....
Claudia,
Você, como sempre, consegue ser profunda e leve... quem tem coragem de "olhar pro proprio umbigo"?? e, depois, envelhecer olhando pra ele?? ... Seu primeiro mergulho nestes universos me deixou com água na boca... sei que vem muiito mais por aí; gostei demais.
Humm, acho que devo dar mais atenção a esta parte do meu corpo.
Texto super legal.
Bjs
Oi, Claudinha!
Adorei seu texto! Bacana mesmo! Nunca tinha parado para pensar sobre o meu umbigo, he he... Você tem muita sensibilidade! É isso aí! Continue nos presenteando com suas belas crônicas! Tudo de bom!! Um abração!:0))
Que delícia essa associação de idéias!
Olhei pro meu umbigo e pensei com os meus botões que ele guarda em si aquele aconchego inicial. Um bom souvenir, quase um amuleto que me acompanha por todo o caminho me lembrando que existe algo muito maior!
Claudinha,
como uma boa leonina, tenho uma relação muito íntima com o meu umbigo. Afinal, ele é o centro do universo. Não é?
Parabéns! Adorei o tom, leve, gostoso, agradável...
Beijos,
Ju
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