Dedicado às mulheres inteiras e ativas de todas as idades, cores e formas. Mulheres que interagem e abraçam a vida como der, puder e vier.
Sempre desejadas!








“Ansiedade é falta de delicadeza com o andar da natureza.”

Nossa colunista Claudia Alencar deu uma entrevista para a jornalista Magaly Evangelista e o tema foi espiritualidade. Confira abaixo:

É com grande prazer que começo a publicação de minhas entrevistas, tendo como foco principal o autoconhecimento! Começo com minha linda amiga, atriz e escritora, Bacharel em Teatro pela Escola de Comunicação e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP). Com 32 trabalhos na TV, 23 no Teatro, 8 no Cinema e 3 Livros Publicados!

Veja só, faz 60 anos que este Planeta recebeu esta pessoa tão especial e amada, tão atenta ao andar do Universo!

Eis o motivo pelo qual ela foi a escolhida para iniciar este trabalho.

Ela sempre foi para mim, acima de tudo, uma pessoa muito autêntica! E se você tiver a sensibilidade de entender suas nuances de ‘cores’ terá nesta entrevista a chance de conhecer um pouco do universo deste ser ímpar!

Com vocês, Claudia Alencar!

Magaly- Qual a primeira coisa que você faz ao abrir os olhos pela manhã?

Claudia - Fecho os olhos...(risos) essa já te respondi.

Magaly - E planos para o dia, você faz ao acordar?

Claudia - Sempre preciso ter planos. Invento coisas se não tiver trabalho fixo. Pela manhã o que me centra é meditar e depois fazer uma prática física. Sempre. Me dá chão, faz circular energia, me sinto uma pessoa alegre em ir fazer, em poder fazer e depois de ter feito. Realmente abençoada por ter tempo para isso e agradeço infinitamente. Yoga, bicicleta, musculação, dança, qualquer dessas atividades que revezo. E depois crio coisas para fazer. Cursos, ano passado fiz doze! E estudo quando volto e escrevo. Esse ano estou fazendo meu livro e sento todas as tardes e escrevo, tudo isso além das atividades de casa, de mãe, dona de casa, compras, atividades culturais que devo ir, que quero ir...

A criação mata a morte, não é?

Magaly - Sim querida. Quanto mais estamos criando mais estamos vivos! E quanto mais nos conhecemos, mas temos este tipo de certeza. E por falar nisso, quando e por onde começou seu interesse pelo autoconhecimento?

Claudia - Comecei com Jung aos 26 anos, meu primeiro mestre a abrir as portas do inconsciente e do espiritual com “O HOMEM E SEUS SÍMBOLOS”. Em 1982 através de uma jovem que acabara de vir da África, onde aprendera o tarô, eu me iniciei nesse caminho esotérico. Colocou as cartas para mim e fiquei fascinada pelos arquétipos da vida. Comecei a me aprofundar, a jogar para amigos, voltei para Jung,que tem estudos belíssimos sobre o tarô, desagüei na numerologia e em 1988 já estava mergulhada na Cabala, como autodidata, porque ninguém estudava esse caminho, na época, que era só para homens acima de 40 anos. Eu violava as regras ortodoxas. Em meados de noventa encontrei a Sidhha Yoga, Ashtanga Yoga, Yengar Yoga e comecei a estudar as escrituras védicas junto com os livros de Louise Hay, Julia Cameron, Anthony Robbins eMilton Erickson, pai da Hipnoterapia. Arte e espiritualidade aliadas à meditação passiva e à Yengar Yoga. Precisamos das escrituras, da prática, dos mestres, para depois de degustá-los demoradamente, assimilar, nos nutrir e jogar fora o que não nos cabe nesse latifúndio. É um caminho que não cessa, nem depois que o último suspiro se foi. Tenho mais calma se faço minhas práticas cotidianamente. Fiquei mais tolerante, mais alegre, menos ansiosa, mais focada em meus desejos, mais paciente, e domo mais minhas emoções. Parei de fumar de um dia para outro, por exemplo, sem remédios, médicos, nada. Só com meu desejo e vontade. As práticas espirituais – meditação, leituras, pratica da ética, da delicadeza, tolerância, práticas físicas – nos dão a alegria real e não ilusória do viver. Mas é claro que às vezes me perco nas florestas da vida, pego atalhos que não deveria, volto a ser o ser primitivo que habita em mim e esqueço do meu ser divino e sofro. Sofro. E volto. Às vezes mais rápido à tona outras menos, mas não corro mais o risco de morrer nos meus abissais e me perder por muito tempo. O tempo é nosso maior luxo e devemos usá-lo com nossa folia e garra.

Magaly - Lembro-me do livro da Julia Cameron que você me presenteou quando fazíamos “A Partilha”. É um livro realmente fantástico para desenvolvimento da criatividade!

Claudia - A partir dele eu fiz meu terceiro livro. Ele foi um impulso muito forte de desbloqueio criativo, de incentivo prático. Funciono muito na prática. Fazendo. Aliás preciso de teoria também: prática e teoria , para mim é tipo costas e frente. Duas coisas da mesma coisa.

Magaly - Você fala também de outros autores fantásticos comoAnthony Robbins e Milton Erikson, ambos autores ligados a Programação Neurolinguística, você chegou a se aprofundar mais na PNL?

Claudia - Fiz dois workshops na década de 90 sobre Neurolinguística com uns professores aqui do Rio. Eu era a única atriz ali.E um workshop com o discípulo direto do Erickson que veio ao Rio, no início de 2000 e outro em São Paulo com outro pessoal de lá. Tudo isso, para aprofundar meus conhecimentos de atriz e pessoal. Como atriz usei muito as ferramentas dos dois métodos.

Magaly – Você se considera uma pessoa religiosa?

Claudia - No sentindo usual dessa palavra, não. Considero-me uma astronauta de meus espaços interiores. Às vezes encontro tesouros, encontro com minha verdadeira paz, fico alguns dias com ela, mas depois eu a deixo, por conta da vida que me enlaça, para mais tarde, a buscar novamente. Nossos pensamentos são nossos serviçais e nós os donos deles, mas às vezes, eles se apossam do nosso trono. Nós vemos a realidade como quisermos, ficamos viciados ou ficamos virtuosos, no sentido pleno e não moral. Questão de escolha, mas para viver feliz isso é preciso, práticas espirituais diárias. Para se ter dentes saudáveis é preciso escová-los diariamente, passar fio, não comer doces, etc, etc... Na vida a informação, vigilância diária é tudo que nos leva ao Paraíso. Tudo na vida, para ser contente deve ser feito diariamente. Dar seu afeto diariamente, para a pessoa amada, pratica físicas, meditativas, intelectuais, bons alimentos... Assim, diariamente a felicidade acontece na folia dessa vida.

Magaly - Você fala “Nossos pensamentos são nossos serviçais e nós os donos deles, mas às vezes eles se apossam do nosso trono.” Já teve momentos em que os pensamentos comandaram por mais tempo? Se a resposta for positiva, como fez para se realinhar?

Claudia - Muitos momentos. Consigo ter menos do que tinha aos 30 anos, por exemplo, aliás, sou muito melhor do que era nessa idade e aos 40. Tanto espiritualmente como fisicamente, mas caio muito, peco, sou pecadora me confesso! As emoções tomam conta, os cavalos saem a solta e até retomar já sofri e me lamentei demais. Mas não vou até o fundo mais. Fico triste, mas não deprimida. Me realinho meditando. Ficando quieta, cantando mantras. Com minhas práticas físicas. Dando-me alegrias como indo ao cinema, lendo um bom livro, fazendo coisas para mim, para minha alma e não focando no problema. Tento não focar. Tento me dominar, mas sempre é muito, muito difícil. Sei que tem a fase crítica – tipo um vício- e depois vai amenizando... sabendo disso como uma gripe, eu sossego mais e deixo a onda passar não sofrendo tanto. A idade e a espiritualidade fazem isso com a gente. O sofrimento é menor... e a felicidade aumenta, vem mais rápido. Mas caio, Senhor.... confesso que caio e sei que cairei sempre. Mas levanto mais rápido.

Magaly - O que é fé?

Claudia - Acreditar no melhor de si mesmo.Ter coragem de realizar seus sonhos. Coragem é fé.

Magaly - Já se sentiu sem fé?

Claudia - Uma vez. Uma vez na vida... Agora que percebi, muito obrigada, viu? E foi ano passado. Perdi a fé. Simplesmente me vi descrente, achando que tudo que fazia uma bobagem, que tinha me enganado esse tempo todo, pura ilusão, que a vida é dura sim, e é essa realidade cheia de vazios, de solidão, que a gente passa tentando preencher e se engana com teorias, se ilude com crenças e vai vivendo cegamente... Muita idade, né? A gente já não deu certo muitas vezes, já apostou e perdeu muitas e muitas vezes, já ficou sozinha, muita ‘lambada’ e aí cansa. Cansei. Cansei. Me deu desespero interno perder a fé. Mas me deu chão. Na verdade, há três anos faço terapia freudiana, coisa que nunca fiz tão intensamente e por tanto tempo e a realidade se impôs. Vi a cara dela. Eu que vivia de ilusão, sim, muita fantasia, tive que ver a realidade. Foi muito bom. Sofri menos. Agora voltou uma fé mais real. Menos fantasiosa. Uma crença de que a vida vale a pena se há grandeza na nossa pequenez. Então, faço tudo mais inteira, mais presente. Resgatei o presente o aqui agora do ator e do ser humano. O passo a passo “el camiñante hace el camiño.” E foquei nas coisas que deram certo e não nas que não deram. Foco nas qualidades e não nos defeitos. E não me critico tanto. Parei com esse censor. Sou como sou e acho engraçado minha digital. Aceito e gosto.

Magaly - Você tem dois lindos filhos, que importância tem a família para você?

Claudia - Descobri minha divindade através de meus filhos. Somos deuses na terra. É um milagre criar um ser humano dentro de você. É um segundo milagre criá-lo muito bem, com caráter e alegria fora de você. Vivo milagres. Palavras não explicam o milagre que é ter a benção de viver nessa bela família que tive a coragem de construir. É uma pena que a maioria dos seres humanos não perceba os milagres que realizam em vida. Não percebam o Deus que os habita, nem reconhece o Deus que habita em todos e em tudo. Somos todos UM só. E como um SER ÚNICO devemos ser mais delicados conosco.(...) “Ansiedade é falta de delicadeza com o andar da natureza”.

Magaly - Linda frase Claudia! E por falar nisso, você além de atriz, é escritora. Fale um pouco dos seus livros já publicados...

Claudia - Essa é uma das minhas “pílulas poéticas”, que está no meu livro “Sutil Felicidade”. Agora para comemorar meu aniversário vai estar escrito no bolo: “A LIBERDADE MORA DENTRO DE MIM”, foi o que descobri também. Tenho 3 livros e estou fazendo o quarto. Uma delicia. Estava bloqueada, sem vontade ano passado. Fazia aqueles tais dos doze cursos _ interpretação, escrita, dança, canto, filosofia, saúde, teatro com Amir Haddad, etc, etc, mas queria escrever e não sabia como começar e começava, mas fugia... até que encontro meu consultor literário do terceiro livro – acaso!!! Acaso??? E digo do bloqueio e começamos a nos escrever ele sugere uma coisa e só de escrever para ele já falava ‘apoetado’ e assim fui tirando coisas já escritas e depois fui fazendo novas e hoje não paro!!! Preciso parar de criar poesias, para fechar o livro, e não consigo, levanto de madrugada para escrever tal a efervescência que me deu. Aqui está esse danado que saiu de ‘sopetão’:

DORMI NADA.

POESIA ME ACORDA NA MADRUGADA.

FAZ ORGIA COMIGO.

NÃO ME LARGA.

DOIDA DESVAIRADA, ME DEIXA EXTASIADA.

QUER FAZER FILHOS.

EU SUBMETIDA FORA DOS TRILHOS

FICO LOUCA PELO SEU PERFUME DE PALAVRAS.

GOZAMOS JUNTAS SEM VIBRADOR

ELA NÃO SAI DENTRO DE MIM

NESSE MILAGRE DO AMOR

NOSSAS CRIAS NASCEM NO NOSSO SIM.

Magaly - E como é seu processo para escrever?

Claudia - Agora que desbloqueei escrevo como respiro, a toda hora. E sempre dou o que escrevo, para meu consultor. É importante ter alguém que lê e dê um feedback como um diretor em teatro. Como um guru que te mostra a luz do caminho, que acende sua chama com a chama dele, mas não caminha , nem ilumina por você. Fundamental um professor, um guia, um mestre. O caminho é mais rápido e seguro.

Magaly - Como está a Claudia neste novo livro?

Claudia - Quase pronto. Em breve fecho o livro, paro de escrever e coloco as cenas em ordem. Vou tirar algumas crônicas e poesias mais, deixar mais enxuto, já fiz isso, mas terei meu bebê!! O nome? Só depois de ver a carinha dele. Estou sentindo as contrações do parto, ainda não vi o bebê ...pode ter outro nome, por enquanto eu o chamo de “DELICADEZAS” ou “COMO SE MANTER DE PÉ”. Qual você gosta?

Magaly – Eu gosto muito de “COMO SE MANTER DE PÉ.” Delicadezas pode fazer parte de um subtítulo... E a Claudia neste exato momento?

Claudia - Comemorando meus 60 anos!! Re-nascimento. Agradeço a meus pais por terem a coragem e o desejo de me colocarem neste Uni-verso. Agradeço a meu Deus interior por me dar a coragem e disciplina de olhar em seus olhos e seguir seus ensinamentos. Agradeço à vida por ser tão bela e eu poder homenageá-la com minhas criações. Agradeço a meus amigos, você Magaly, linda, por estarem na minha estrada, usufruindo o perfume das flores e compartilhando as belezas do caminho e me dando a mão quando há uma pedra nele.

Beijo-te

Claudia Alencar

Quer saber mais? Claudia Alencar

A crônica da morte anunciada de um colchão

De tempos em tempos, elejo um objeto da casa como o alvo de meus pensamentos. Para ser mais exata, como a fonte de todas minhas mazelas. E não sossego até substituí-lo, em um mecanismo semelhante aos ritos de passagem do réveillon: deposito no novo objeto todas as minhas esperanças de uma vida melhor.

Desta vez, o escolhido foi o colchão, que concorreu com o sofá pelo posto de causa das minhas dores de coluna, das constantes reclamações do namorado, do sono desregulado e de uma série infindável e repetitiva de reclamações que tenho sobre a vida, o mundo e os seres. Afinal, ele fora comprado às pressas; não tive tempo de escolher o modelo, a densidade ou nada assim. Passara por dois apartamentos e por uma mudança traumática, pois, para economizar o frete, eu concluíra que poderia fazer a mudança nas costas, com a ajuda dos meus amigos (que carregaram quase tudo, no final). E, embora seja novo, eu fiquei velha, e preciso de um colchão que compense as dores provocadas por horas de estudo ou trabalho sentada em minha inaptidão para os exercícios físicos.

Uma vez comprado o colchão novo, de molas ensacadas, dez anos de garantia, aloe vera no tecido e milhões de firulas do gênero, imediatamente transferi para ele todas as minhas neuroses. Comecei a me imaginar sentada em cima dele durante os dez anos de garantia olhando para a parede, pois não tinha dinheiro para fazer mais nada que não fosse pagar as parcelas da caríssima novidade. Chorei, reclamei, resmunguei e, em meio a tantas chorumelas, o colchão antigo foi esquecido. Até que vi o comentário horrorizado de um amigo no Facebook: “O seu colchão??? Mas qual o problema dele?”

Estranhamente, eu, que sou apegada a todos os meus objetos, não levei em conta que teria de me desfazer do antigo colchão. Aquele que me acolhera nas horas difíceis e presenciara minhas pequenas tragédias, alegrias, romances e traições... que assistira a difícil tarefa de me tornar adulta, alugando meu primeiro apartamento com contrato de 36 meses – e os preços que paguei por isso. O colchão no qual sempre fui VIP, refestelada na cama enorme e muito dona da minha vida, no qual não haveria de ter manchas que não fossem de lágrimas ou champanhe...

Agora, tenho medo de voltar para casa e encará-lo. Como contar que preciso de uma mudança radical na minha vida, e que ele vai se mudar? Como convencê-lo a tomar um espumante comigo para comemorar as mudanças de um novo ano que já começa para nós dois?

Preciso inaugurar uma linha de tradição de rituais de despedida de objetos inanimados. Alguma ideia? ;)

The dolphin Ipanema


Frank Sinatra rodou o mundo com o sucesso de Tom Jobim e Vinícius, The Girl from Ipanema.

Pois agora, o Sea World também homenageia o Brasil ao batizar o novo bebê golfinho de Ipanema! Veja na foto a fêmea Ipanema e sua mãe.

O concurso cultural Meu Amigo Golfinho, promovido pelo parque DISCOVERY COVE em parceria com TAM e TAM VIAGENS, teve seu desfecho na semana passada com o anúncio do nome escolhido para o novo bebê golfinho do parque, localizado em Orlando. Ipanema foi o nome preferido da maioria. Durante os meses de agosto e setembro, participantes de todas as partes do Brasil tiveram a chance de escolher - entre uma seleção de quatro opções - qual seria o melhor nome para o novo membro da família do DISCOVERY COVE.

Camila, Célia, Angélica e Ipanema eram as opções de nome e, além de escolher uma alternativa, os participantes deveriam justificar a sua escolha. O autor da melhor justificativa entre todos que votaram em Ipanema ganhou uma viagem para a Flórida com mais três acompanhantes, voando com a TAM na operação sem escala entre Brasil e Orlando e com direito a visitar os quatro parques do grupo SeaWorld Parks & Entertainment: SEAWORLD, BUSCH GARDENS, AQUATICA E DISCOVERY COVE. Nesse último, o ganhador e seus acompanhantes viverão a inesquecível experiência de interagir e nadar com um golfinho. Marcio Antonio Vianna Junior, de Campinas (SP), foi o grande ganhador. Além da frase de Marcio, mais 19 justificativas foram escolhidas e os autores premiados com um kit do DISCOVERY COVE, que possuía bolsa, camiseta e pelúcia.

Projeções do abraço do Cristo Redentor


Pura poesia.
Projeto: Fernando Salis.
Música de Villa Lobos, Bachianas Brasileiras no. 7
Bom finde a todos !

Show de Marcos Sacramento e Luiz Flavio Alcofra


Serviço

Sala Funarte Sidney Miller
dia 22 de outubro às 19h
ingresso

R$10 (inteira)

R$ 5 (meia) para estudantes e maiores de 65 anos

Rua da Imprensa, 16 – Centro/Rio de Janeiro

3 anos de Plurale


Estamos comemorando três anos de Plurale em revista e Plurale em site agora em outubro. Para marcar a data, a edição 19 da revista apresenta Especial sobre o Acre e várias matérias de fôlego. E o portal ganhou um lay-out ainda mais moderno e várias seções novas. Agora há espaço para fotos, vídeos e maior interatividade com o leitor.

Clique aqui e navegue no novo site.

“Corra atrás dos sonhos, eles movem a vida e o coração!”

Estamos inaugurando um espaço para depoimentos de nossas leitoras.
Mande sua história que publicaremos.
A primeira é de uma publicitária mineira que depois de várias dúvidas, questionamentos e percalços, se encontrou em outra atividade profissional.



Minina Di Minas
http://twitter.com/mininadiminas
http://mininadiminas.blogspot.com
Rua Desembargador do vale 212 C
Perdizes, SP
11 27696930
11 77418716

“Tudo começou há mais ou menos cinco anos, quando fiz aquela pergunta que todo mundo se faz quando se vê com o diploma na mão e não sabe ao certo o que fazer com ele: Sempre dá pra começar de novo?!
Eu me formei em publicidade, mas na verdade, a minha paixão era outra, moda. Minha mãe conta que desde pequena eu desmontava o guarda-roupa dela para criar roupas e looks diferentes. As produções eram tantas que ganhei destaque no meu time de vôlei não pelo meu saque, mas pelo tamanho da minha mala. Era o dobro das que as outras jogadoras levavam em nossas viagens! Aos poucos fui percebendo que carregava comigo um enorme desejo que me levaria a outro caminho. E um dia tomei uma decisão. Resolvi pegar minha poupança e comprar umas peças de roupas para vender. Vi que tinha jeito pra coisa, pois todo mundo gostava do que eu vendia e fazia. Era o empurrão que faltava para investir na minha nova profissão!
Como publicitária criei o nome, a logomarca e os cartões da minha grife. Estava tudo pronto para o lançamento da “Minina Di Minas”.
Desmontei meu quarto e o transformei em um espaço legal e divertido, com moveis retrós e materiais alternativos. Nunca gostei de expor minhas peças de maneira tradicional e isso, com o tempo, se tornou um diferencial.
Por mais dois anos segui fazendo feiras, eventos pelo Brasil, até que fui para o Mercado Mundo Mix em Portugal. Ali senti a necessidade de fazer uma coleção mais com a cara do Brasil. Rodei a Europa com duas malas, indo de loja em loja. Passei por Barcelona, Amsterdã, Zurich, Ibiza e várias outras cidades. Meus produtos fizeram um sucesso absurdo. Era o sinal claro de que tinha feito a escolha certa.
Voltei para o Brasil ainda mais estimulada. Mas montar a loja e consolidar a marca ainda era um sonho.
Em 2008, fui para Salvador com o Mercado Mundo Mix, quando aconteceu um triste episódio: o contêiner com todas as minhas mercadorias foi roubado. Um prejuízo em torno de R$ 80 mil. O que aconteceu? Ate hoje é um mistério...
Voltei pra São Paulo pensando em desistir, mas fiz o contrario. Com muita fé, recobrei as forcas e decidi ir alem, montando uma loja. Hoje, a “Minina DI Minas” está viva, firme e forte, saindo em vários editoriais de moda, revistas e jornais.
Enfrentamos desafios todos os dias, mas nada pode nos deter quando temos fé e amamos o que fazemos. Dessa forma, não há como não dar certo. Se não der de um jeito, vai dar de outro. Os caminhos se abrem pra quem corre atrás, luta por um sonho e ama cada momento, bom ou ruim, do caminho ate a conquista.
“Não é por acaso que chamo a loja de filha, a amo, mas dá um trabalho...”

Puro samba


A cantora Tania Malheiros volta ao Bar Cariocando, no Catete, no dia 10 de novembro (quarta-feira), às 20h, com o show “Puro Samba”. No repertório, “Pelo Telefone”, de Donga e Mauro de Almeida, o primeiro registrado (1916); “Se você jurar”, de Ismael Silva, e de contemporâneos como “Nomes de favela “, de Paulo César Pinheiro, “Morrendo de Saudade”, de Wilson Moreira e Nei Lopes, “Nasci pra sonhar e cantar”, de Dona Ivone Lara, entre outros.

Estará em companhia dos músicos Tiago Machado (violão), Leandro Samurai (cavaquinho) e Buzunga (percussão). “Estou feliz por estar às vésperas dos 10 anos de carreira, me preparando para lançar meu primeiro CD, brevemente, se Deus quiser”, comenta.

Tania começou a cantar na infância, em Niterói, por influência do pai, o cavaquinista Mucio de Sá Malheiros, já falecido. “Com papai no cavaquinho, eu cantava nas rodas de samba no fundo de nosso quintal”, lembra. Formada em Jornalismo, voltou aos palcos no ano 2000, quando deu canja no Candongueiro (reduto de samba em Niterói) e no pagode da Tia Elza, no Jardim Botânico. Incentivada por amigos e sambistas, fez um ano de aula de canto com Glória Queiroz até o primeiro show no ano seguinte. E não parou mais. “Tenho sido muito ajudada por amigos que vão a quase todos os meus shows e sem eles nada seria possível. Sou gratíssima”, comenta.



SERVIÇO

Dia 10 de novembro: (QUARTA) - às 20h

Bar Cariocando: Rua Silveira Martins, 139 – Catete.

Tel.: 2557-3646 - Censura 14 anos. Entrada: R$ 15,00

Estacionamento ao lado. A casa aceita todos os cartões

PROPOSTA AOS PARTIDOS POLÍTICOS E RELIGIOSOS – ADOTEM AS CRIANÇAS DESDE A GESTAÇÃO

Publicado em por midiacrucis

Aos partidos políticos e religiosos do Brasil que são contra o aborto:

As diversas religiões do país contrárias ao aborto e os membros do PSDB deveriam tomar para si a responsabilidade de dar apoio financeiro e psicológico às mães gestantes e de criar e manter até a faculdade todas as criança nascidas por exigência da Lei feita por homens e mulheres que entendem o aborto como crime.

Manutenção financeira feita pelos membros do PSDB e dos partidos coligados, do partido do PSDB e coligados e dos dízimos recebidos pelos pastores e padres das igrejas e templos que fervilham país afora. Essas mesmas igrejas e partidos, membros das diversas ordens religiosas e partidos politicos, poderiam criar creches para acolher as crianças.

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2005

O estudo mostra também que o aborto é uma das principais causas da mortalidade materna. E afirma que as regiões que mais sofrem com o problema são o Norte e o Nordeste.

De acordo com o Ipas, de 2000 a 2004, ocorreram 697 mortes em conseqüência de gravidez que termina em aborto, principalmente de mulheres com idade entre 20 e 29 anos (323 óbitos no período).

Grupos de idade
Óbitos por aborto (2000 a 2004)

10 a 19 anos 119
20 a 29 anos 323
30 a 39 anos 219
40 a 49 anos 36
Total (10 a 49 anos) 697

leia mais: Estudo ONG abortos

NÓS FIZEMOS ABORTO”

Fonte: Veja 17/09/97

Mulheres de três gerações enfrentam a lei, o medo
e o preconceito e revelam suas experiências

Andréa Barros, Angélica Santa Cruz e Neuza Sanches


Tata Amaral, cineasta

Cássia Kiss, atriz

Edna Roland, psicóloga

Cissa Guimarães, atriz

Ruth Escobar, empresária, e a mãe, Marília

Elba Ramalho, cantora

Marli Medeiros, líder comunitária

Marília Gabriela, jornalista

Maria Adelaide Amaral, escritora

ELAS RESOLVERAM FALAR. Quebrando o muro de silêncio que sempre cercou o aborto, oito dezenas de mulheres procuradas por VEJA decidiram contar como aconteceu, quando, por quê. Falaram atrizes, cantoras, intelectuais mas também operárias, domésticas, donas de casa. Falaram de angústia, de culpa, de dor e de solidão. Também falaram de clínicas mal equipadas, de médicos sem escrúpulos, de enfermeiras sem preparo, de maridos e namorados ausentes. A apresentadora Hebe Camargo contou que, quando era uma jovem de 18 anos, ficou grávida do primeiro namorado e foi parar nas mãos de uma curiosa que fez a cirurgia sem anestesia nem cuidado. A atriz Aracy Balabanian, a Cassandra do Sai de Baixo, ficou grávida quando estava chegando aos 40 anos e dando fim a um longo relacionamento. Resolveu fazer o aborto, convencida de que a criança não teria um bom pai nem ela seria capaz de criá-la sozinha. Metalúrgica da Força Sindical, a mineira Nair Goulart, 45 anos, fez dois abortos nos anos 70 por motivos econômicos. Ela e o marido, também operário, ganhavam pouco, viviam num quarto de despejo e não teriam meios de educar nenhum filho.

Quando o Congresso brasileiro debate a regulamentação de uma legislação que autoriza a realização de aborto apenas em caso de estupro e de risco de vida para a mãe como está previsto no Código Penal desde 1940 , a disposição das mulheres que falaram a VEJA não é apenas oportuna, mas também corajosa. Embora o 1º Tribunal do Júri de São Paulo, o maior do país, já tenha completado mais de uma década sem condenar nenhuma mulher em função do aborto, a legislação estabelece para esses casos penas que vão de um a três anos de prisão. E a maioria delas não fez aborto pelos motivos previstos em lei, mas porque, cada uma em seu momento, cada uma com sua história pessoal, considerou as circunstâncias e concluiu que interromper a gravidez era uma saída menos dolorosa do que ter um filho que não poderia criar.


Nair Goulart, metalúrgica

Vera Gimenez, atriz

Ivonete da Silva, faxineira

Arlete Salles, atriz

Tereza Rachel, atriz

Vânia Toledo, fotógrafa

Aracy Balabanian, atriz

Angela da Silva, doméstica

Cláudia Alencar, atriz

Cynthia Sarti, antropóloga

Zezé Polessa, atriz
Fonte: MídiaCrusis