Sempre desejadas!
Flores, de Oscar Araripe, na ABL
O pintor Oscar Araripe, carioca da gema, radicado em Tiradentes (MG) há anos, lança amanhã, na Galeria Manuel Bandeira, da Academia Brasileira de Letras, no Rio, sua bele exposição "Flores". São 24 acrílicos sobre telas sintéticas. Obras belíssimas como as que postamos aqui.
A curadoria é de Alexei Bueno e a coordenação geral de Cidinha de Alencar Araripe.
Nesta quarta, dia 1 de setembro, a partir das 18h. No prédio da ABL, aquele preto grande, Av. Presidente Wilson, 231, esquina com Antônio Carlos. Quem não puder estar na abertura, poderá visitar "Flores" até o dia 8 de outubro, de segunda a sexta-feira, das 10h às 18h. Entrada gratuita.
Segue abaixo o texto que Oscar preparou para apresentar a expo que marca seu retorno ao Rio após 18 anos (a última foi no CCBB).
"Revolução em Pintura é pintar um novo jarro de flores.
A Pintura é uma arte extremamente difícil que se deve fazer com muita facilidade.
Pretensiosa pretensão. Desvairada arte.
São apenas jarros de flores, de flores apenas.
Síntese: Fazer de tudo, de tudo fazer, para depois só flores pintar.
Prefiro os jarros que não são flores, as flores de arte e a arte que cria as flores. Nada mais justo, nada melhor que uma “natureza morta”, bem vivida e pintada.
Falasse eu de flores. Mas não. Falo de borboletas. As flores não valem nada. Farfalhas, papalotes, papillons, mariposas, butterflies, borboletas são farfalas, papalotes, papillons, mariposas, butterflies. Psyche. Nada mais.
Olhai, amados senhores, estas novas toalhas de mesa. Vejam este vermelho de fogo, este dourado digno da tenda de Saladino. Este preto de pó preto, que mal vejo, e que é feito de osso cremado. Azul. Azul é obra do amarelo, grande senhor do Sol, o melhor amigo de meus ombros. Balas de Laranja. Lembrança, sabor. Infância, rosa-de-meninice. Frutas, flores nos quintais dos gozos repostos.
Receber com flores. Nada melhor.
Nada maior.
Olho o jardim do céu e pinto flores- flores são mais flores quando já não o são.
Pintor, ouso diser: - as cores não existem. Existe a arte e a arte faz a vida e a vida as cores. Sem vida não é cor; é tinta. Cores, tintas... Umas não existem, outras não valem nada.
Olhar a natureza, fechar os olhos, e pintar.
Por pintura na inteligência. Amo o talento que corrige a regra e a emoção.
A Pintura é o silêncio. Palavras podem vir depois, nunca antes, raramente durante. Maior que o silêncio da natureza só o silêncio de um bom quadro.
A linha é libertária; deve-se desenhar pintando. Tanto quanto a cor, a linha revela o pintor. Não sou moderno. Muito menos contemporâneo. Sou pessoal, fora do centro, talvez arcaico.
Pinto na Horizontal, num cavalete horizontal, bem perto da tela-, ando em volta da pintura, mas sem recear pisá-la. Preciso de um só pincel, algumas tintas e o Sol.
O verdadeiro dinheiro é a pintura. Status é ter e cuidar de um jardim. Quanto mais poesia, mais poder.
Veloz como a vida numa pintura.
Eu pinto flores para viver de cores e morrer alegre."
Oscar Araripe / setembro de 2010.
MATEMÁTICA ECOLÓGICA
SÓ DE SACANAGEM
Quantas vezes minha esperança será posta à prova?
Por quantas provas terá ela que passar? Tudo isso que está aí no ar, malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro, do meu, do nosso dinheiro que reservamos duramente para educar os meninos mais pobres que nós, para cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais, esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais.
Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta à prova?
Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais?
É certo que tempos difíceis existem para aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz.
Meu coração está no escuro, a luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e os justos que os precederam: "Não roubarás", "Devolva o lápis do coleguinha", "Esse apontador não é seu, minha filha". Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar.
Até habeas corpus preventivo, coisa da qual nunca tinha visto falar e sobre a qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará. Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear: mais honesta ainda vou ficar.
Só de sacanagem! Dirão: "Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo mundo rouba" e vou dizer: "Não importa, será esse o meu carnaval, vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos, vamos pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o escambau."
Dirão: "É inútil, todo o mundo aqui é corrupto, desde o primeiro homem que veio de Portugal". Eu direi: Não admito, minha esperança é imortal. Eu repito, ouviram? Imortal!
Exposição de fotos do Pantanal
Virgínio Sanches é comunicador dos bons e fotógrafo de primeira. Com foco sempre na natureza. Lança nesta segunda-feira, dia 23 de agosto, exposição de fotos tiradas no Pantanal ao longo dos últimos anos: Caminho do Paraíso. Na FNAC do Barra Shopping, às 19h. Ele também dará uma palestra para contar como foi esta experiência incrível. Programa imperdível!
Sexo Narcótico
Sexo etílico
desejo trôpego
silêncio tóxico
a saliva cítrica
no beijo sôfrego
Amor de tráfico
cópula súbita:
gozo mágico
amor sonífero
amante público.
Este é o primeiro poema da série Proparoxítonas, feita por Barbara Hansen em seu livro de monografia na graduação da Puc- letras (Formação de Escritor). Atualmente, é redatora, revisora, e faz mestrado em Linguística (?!).
MOÇO, EU SOU MÃE, EU AMO MEU FILHO....
E as lágrimas rolavam no rosto sofrido da mulher, cuja expressão de dor a todos comovia.
E assim, também, o ensolarado sábado carioca com uma temperatura mesclada com o gostoso friozinho se iniciava, levando várias outras mães, de outras condições sociais, a saírem de casa para fazer compras, levar filhos a parques, aulas de judô, etc, etc.
Essa diversidade de vida é chocante.
Acredito, e como, que cada uma de nós, mulheres, temos uma missão diferenciada em nossas vidas, nascemos em locais e culturas diferentes, mas estou, nesse momento falando de nossa vida, aqui, agora, na Cidade do Rio de Janeiro, cidade tão cantada por poetas e outros escritores por suas belezas naturais e alegria.
Não amigas, pouco importam essas belezas.
E que alegria é essa quando uma mãe moradora de uma favela carioca sai correndo da igreja para fazer um apelo ao filho integrante de um bando de assaltantes?
E os repórteres, pouco interessados no sofrimento dessa mãe insistem em perguntas indiscretas?
O que é isso amigas?
Que momento estamos vivendo? O que de certo e objetivo, direto, sem conotações política e eleitoreira temos que fazer para não somente enxugar as lágrimas da mãe sofredora, mas ajudarmos a nós mesmas a viver em uma cidade mais segura e consequentemente mais alegre?
Fica a indagação, se tiverem resposta, por favor, não fiquemos somente a chorar também...
80 anos Elton Medeiros
Um relato incrível
Com toda esta polêmica envolvendo a sentença de morte por apedrejamento da iraniana Sakineh, foi publicado hoje no Corrreio Braziliense o artigo de outra iraniana com uma história de arrepiar também. E o título já diz tudo: "Pude provar de suas lágrimas”. Leia agora o relato da escritora Marina Nemat (foto) .
Violencia Contra a Mulher
Meu Amor de 81 Anos
Gente, esse ninguém segura. Que coragem e que espírito aberto, hein ? E as comissarias de bordo só botando palha na fogueira...
Festival Viva Ankito homenageia o genial comediante brasileiro
Maria Lúcia, querida, este é especial para você. Eu só vi em retrospectivas e adoro! Imagino que vc tb deva amar esta turma toda. O bacana é que é todo gratuito, bastando retirar senha antes. Como é um programão, deve ficar cheio. Recomendamos chegar cedo.
Ao lado de Oscarito, Zé Trindade, Grande Otelo e Mazzaropi, ele foi um dos grandes nomes do período do cinema brasileiro conhecido como chanchada. Protagonizou mais de 30 filmes, todos recordes de bilheteria, como Os Três Recrutas, Marujo por Acaso, Rei do Movimento, O Boca de Ouro, Sai dessa Recruta e Metido a Bacana. Agora, Anchizes Pinto, o popular Ankito, morto em 30 de março de 2009, será reverenciado em grande evento no Centro Cultural Correios.
Durante cinco dias, o Festival Viva Ankito – de 10 a 15 de agosto – apresentará mostra de filmes, paineis de conversa, mesas-redondas, exposição de fotos e documentários, resgatando um momento histórico do cinema nacional. E tudo com entrada franca.
O público poderá acompanhar os filmes que marcaram a época de ouro das chanchadas, quando a dupla Ankito e Grande Otelo brilhava nas telas em Pé na Tábua, É de Chuá e Os Três Cangaceiros, de Victor Lima, E o Bicho não Deu e Vai que é Mole, de J.B Tanko, e Um Candango na Belecap, de Roberto Farias. Antes das exibições, haverá um painel de conversa com a participação de jornalistas, pesquisadores como Hernani Heffner, diretores de cinema e TV, como Roberto Farias e Maurício Sherman , atores e atrizes que atuaram ao lado de Ankito, como Adelaide Chiozzo, Myrian Tereza, Íris Bruzzi e Lya Mara. Estará também presente a escritora Denise Casais Pinto, viúva do homenageado e autora do livro Ankito, minha vida .....meus humores”.
Paralelamente às sessões de filmes, que acontecem às 12h 30m e às 18h 30m, será realizada uma exposição de fotografias, com os registros históricos da trajetória de Ankito, passando pelo circo, cassino, cinema, teatro e televisão, reunindo aproximadamente 50 imagens do acervo da família, da produtora Herbert Richers e da Funarte, além de reproduções de cartazes de filmes. Também será exibido um vídeo com depoimentos de amigos, atores e diretores, e uma entrevista histórica do comediante, onde ele fala da sua vida e da carreira profissional.
Com o circo nas veias, um dos mitos da chanchada nacional
De família circense, Ankito era filho do palhaço Faísca e sobrinho do famoso palhaço Piolim. Começou a atuar profissionalmente no circo aos sete anos de idade, no perigoso globo da morte. Onze anos mais tarde, chegava aos shows no Cassino da Urca, como acrobata, na época considerado um esporte, e que lhe rendeu cinco vezes o título de campeão sul-americano. Em seguida, ingressou no teatro, substituindo por uma noite o ator principal da companhia. Porém fez sucesso e permaneceu no elenco. Contracenou com Grande Otelo no show Bahia Mortal, já com a carreira consolidada. Em 1952, foi convidado para participar durante três dias das filmagens de É Fogo na Roupa, mas a produção elogiou tanto seu trabalho que os três dias passaram a ser 39,e seu nome passou a encabeçar o elenco dos créditos. Ankito continuou a fazer shows pelo Brasil com uma companhia de vedetes, em clubes e cinemas, que sempre exibiam um filme dele antes de cada espetáculo.
Em 1966, participou do filme em episódios As Cariocas, de Fernando de Barros, Walter Hugo Khouri e Roberto Santos. Atuou também em O Escorpião Escarlate, de Ivan Cardoso, e Beijo 2348/72, de Walter Rogério, ambos de 1990.
Na televisão, sem contar os programas humorísticos, fez parte do elenco da TV Tupi, da Record e da Bandeirantes. Mais tarde, na Globo, trabalhou em novelas, como Gina, com Cristiane Torloni; Marina, com Edson Celulari, e A Sucessora, de Manoel Carlos. Em 2005, fez o personagem "Falecido", em Alma Gêmea. Atuou também em várias minisséries e participou da primeira versão do Sítio do Picapau Amarelo, como o “Soldadinho de Chumbo” e “Curupira”.
Ankito morreu aos 84 anos, vítima de neoplasia pulmonar. Desde 2007, lutava contra um câncer no pulmão. Duas semanas antes de sua morte, seu estado de saúde se agravou, o que levou o comediante a se afastar das gravações do programa Zorra Total, da Rede Globo.
Programação de Filmes
14 de agosto, sábado - Vai que é Mole
De J.B. Tanko, com Ankito, Grande Otelo e Jô Soares
15 de agosto, domingo - É de Chuá
De Victor Lima, com Ankito, Grande Otelo e Renata Fronzi
Sessões: às 12h30
18h30 (seguida de mesa-redonda com debates e depoimentos)
Entrada franca com retirada de senhas
FESTIVAL VIVA ANKITO
Abertura: dia 10 de agosto, terça-feira, às 18h 30m
Festival de Cinema: de 11 a 15 de agosto – sessões às 12h 30m e 18h 30m
Exposição: de 10 a 15 de agosto - Visitação: 3ª a domingo, das 12 às 19 horas
Local: Centro Cultural Correios
Rua Visconde de Itaboraí, 20, Centro
Telefone: 2253-1580
Entrada franca
Classificação: Livre
Patrocínio: Correios
Concepção e coordenação do projeto: Leonardo Conde
O QUE FAZER COM OS ANTIGOS TELEFONES? ARTE!
ALMOÇO COM CHICO
Todo mundo no restaurante (poucas pessoas) pegando os seus celulares para registrar aquele momento, talvez único. Não era eu apenas.
Aumenta o som para ouvir essa maravilha!
Não há tarefas pequenas e nem instrumentos menores, somente grandes talentos!
Este vídeo prova isso.
A música é Intermediate (intermezzo) da opereta “O Casamento de Luis Alonso”, Javier de Burgos libreto e música de Geronimo Gimenez e castanholas emocionante de Lucero Tena uma bailarina de flamengo mexicana que vive na Espanha.
Depois me digam se não é espetacular!!
Edição 18 de Plurale em revista
Da Equipe de Plurale em revista
Foto de um coleirinho por Sérgio Lutz, da Serra da Bocaina (Divisa RJ/SP)
Clique aqui e leia a versão digitalizada da edição 18
Ao partirmos para mais uma cobertura, nunca sabemos ao certo o que vamos encontrar. E foi assim que a Amazônia e sua biodiversidade cruzou esta edição por duas vezes de forma ímpar. O editor Carlos Franco esteve em Vitória (ES), a convite da Fundação Vale, para conferir de perto a exposição “Amazônia, a arte”. Conversou com a sensível Cláudia Andujar, que marcou história com sua bela arte ao imortalizar o povo Yanomani.
Se sua família – e de outros tantos milhões de judeus – foram marcados para morrer, Cláudia procurou, através de sua arte, marcar os índios para viver. Uma belíssima história contada, com o lirismo de sempre, em texto poético de Franco, que também descortina o olhar de outros artistas. Pela segunda vez, o verde e a exuberância amazônica cruzou nossos caminhos nesta edição. Desta vez, através da viagem de férias da jovem Aline Gatto Boueri, nossa correspondente de Buenos Aires, ao apresentar ao marido argentino a riqueza natural nos rincões dos afluentes do caudaloso Rio Amazonas, que tantas vezes repetimos nas aulas do ensino fundamental.
Casos e causos enriquecem nosso objetivo de mostrar um Brasil em transformação a cada novo número de Plurale em revista. Nícia Ribas conta como é a técnica do letramento, capaz de alfabetizar adultos, sempre com a dedicação dos mestres. Raquel Ribeiro revela que há alternativas menos agressivas à natureza para o ciclo menstrual das mulheres. Da Serra da Bocaina, na divisa do Rio de Janeiro e São Paulo, Sérgio Lutz descortina a beleza dos pássaros e seus segredos. Do coleirinho que ilustra a capa até a imponência de gaviões e carijós no ensaio que encanta. Letícia Freire, do portal Mercado Ético, parceiro de primeira hora, colabora apresentando como a união faz diferença na recuperação da região do Vale do Paraíba.
Articulistas – Antônio Everton Chaves Jr., Cláudia Cataldi e Dario Menezes - trazem novos temas para o debate sobre Sustentabilidade. A jornalista Elizabeth Oliveira apresenta como este tema poderá fazer diferença nas eleições que se aproximam, em outubro. E de xará para xará, Sônia Araripe entrevista Sonia Consiglio Favaretto, Diretora de Sustentabilidade da Bolsa de Valores, Mercadorias & Futuros – terceira maior do mundo em valor de mercado - sobre o processo de inclusão de práticas sustentáveis no dia-a-dia das empresas abertas brasileiras.
Boa leitura!
FEIRA LAVRADIO - PROGRAMA PARA O CARIOCA
Para minha surpresa o forte não são mais os móveis antigos a céu aberto.
São muuuuitas barraquinhas de artesanato de primeira linha. Hoje não pode haver expositores que descaracterizem o artesanato e isso só abrilhantou a Feira. Algumas novas lojas de móveis com releitura dos anos 70 também estão lá.
Bolsas, Blusas, Bijous, Jogos, Decoração, Necessaires, Toyart... Você pode encontrar coisas lindas e exclusivas, acredite!
Depois do passeio pelas barracas, os bares e restaurantes estão ali com um serviço surpreendente.
Vale a visita e almoço no Santo Scenarium. Comida boa, lugar lindo e atendimento bom.
Programa para gringos e cariocas de plantão. Aquilo é nosso!
Ou seja, quando se quer fazer algo que funcione, o Rio de Janeiro sabe fazer. Aí já é outra história...
Fotos: Internet
Imperdível: Chorando à toa no Café Pequeno (Leblon) neste sábado e domingo
A Escola de Música da Rocinha é uma instituição que há 15 anos desenvolve um projeto de Educação Musical nesta comunidade atendendo também alunos de comunidades próximas como Vidigal, Vila Canoas e Parque da Cidade. Em sua sede no Centro Municipal de Cidadania Rinaldo De Lamare, espaço cedido pela Prefeitura do Rio, oferece aulas de instrumentos e canto coral já tendo atendido ao longo de sua história, seguramente, a mais de mil alunos.
Criado no início do ano de 2004 o grupo Chorando à Toa reúne cinco jovens formados na Escola de Música da Rocinha – Carla Mariana, Carlos Mendes, Diego Domingos, Paulo Victor e Renato Alves - que aprofundaram sua relação com o Choro e com o Samba a partir do curso de Prática de Conjunto desenvolvido na escola. A experiência de palco começou em atividades promovidas pela própria escola e logo veio o amadurecimento profissional com a seqüência de apresentações em festas e eventos diversos.
Ao longo de sua curta existência o grupo Chorando à Toa já apresenta em seu currículo a passagem por importantes espaços culturais da cidade do Rio de Janeiro – Teatro João Caetano, Teatro Carlos Gomes, Sala Baden Powell, etc – e municípios vizinhos – Vassouras, Itaperuna, Silva Jardim, etc – e tem atuado com regularidade no circuito profissional apresentando principalmente repertório de choros, mas também, eventualmente, tocando sambas de linha mais tradicional seguindo a tendência do movimento musical carioca dos últimos anos. De 03 de setembro a 05 de outubro de 2009 o grupo viajou por cidades da Alemanha onde realizou 28 shows divulgando seu trabalho e ajudando a captar recursos para a Escola de Música da Rocinha.
De volta ao Brasil o grupo retoma a rotina de shows lançando seu primeiro álbum com shows no Espaço Rio Carioca, em Laranjeiras .
Descontraído é o primeiro CD do Chorando à Toa ( www.myspace.com/chorandoatoa ). O repertório traz treze músicas inéditas ou pouco difundidas, de compositores da atualidade que circulam pelo Choro e MPB, e estréia a dupla de compositores integrantes do grupo, Carlos Mendes e Paulo Victor, autores de três músicas, incluindo a que dá nome ao álbum. Jacob do Bandolim é o único consagrado, mas sua música, Maroto, faz parte de um acervo recém descoberto pela família sendo essa a sua segunda gravação. Alguns músicos convidados participam do CD com destaque para o grande clarinetista e saxofonista Paulo Moura que participou nas faixas Maroto (Jacob do Bandolim) e Chorando e Rindo (Célia Vaz).
Repertório:
1. Na Glória (Ary dos Santos e Raul de Barros); 2. Brejeiro (Ernesto Nazareth); 3. Acariciando (Abel Ferreira); 4. Descontraído (Carlos Mendes e Paulo Victor); 5. Flor Amorosa (Joaquim Calado); 6. Doce de Coco (Jacob do Bandolim); 7. Amaxixado (Valmar Amorim); 8. Seu Lourenço no Vinho (Pixinguinha e Benedito Lacerda); 9. Pelo Contrário (Luciana Requião); 10. Em Cima da Linha (Gilberto Figueiredo); 11. Gostosinho (Jacob do Bandolim); 12. Carioquinha (Waldir Azevedo); 13. Maroto (Jacob do Bandolim); 14. Assanhado (Jacob do Bandolim); 15. Noites Cariocas (Jacob do Bandolim); 16. Santa Morena (Jacob do Bandolim)
Serviço:
Shows do grupo Chorando à Toa.
Local: Teatro Café Pequeno (Avenida Ataulfo de Paiva, 269 – Leblon)
Data: dias 7 e 8 de agosto, sábado e domingo.
Horário: 18 horas
Ingressos: R$ 20,00 (vinte reais) no sábado e R$ 1,00 (um real) no domingo.
Contato: Escola de Música da Rocinha - Gilberto Figueiredo – 21 31111165 / 91952367
em.rocinha@gmail.com / chorandoatoa2009@gmail.com
Mulher que usa perfume é prostituta, diz canal de televisão
Os programas dizem que as mulheres não devem nunca recusar fazer sexo com o marido ou deixar a casa sem permissão. Além disso, mulheres que usam perfume são consideradas prostitutas.
O canal ainda funciona regularmente como plataforma de propaganda de Hizb ut-Tahrir, um fundamentalista que Tony Blair quis banir em 2005 depois dos atentados em Londres.
O canal islâmico, criado em 2004, é a emissora a cabo mais assistida destinado a audiência mulçumana.
Fonte: youPode
Uma velha história
*Alessandra Terribili
Nos anos 80, a luta contra a violência contribuiu para fortalecer e consolidar o feminismo no Brasil. As mortes de Ângela Diniz (1979) e de Eliane de Gramond (1981) por seus ex-maridos chocaram o Brasil. Eram mulheres que puseram fim a seus casamentos, e, além da brutalidade dos assassinatos, os dois casos envolviam pessoas conhecidas da opinião pública, o que lhes conferiu ainda mais “notoriedade”. "Quem ama não mata" era a resposta dada pelas feministas àqueles que sugeriam que os homens matavam “por amor”.
Mas não tardou a tentativa de transformar as vítimas em rés, “compreendendo” o criminoso, que teria “perdido a cabeça” por ação delas. Organizadas, as mulheres repudiaram o machismo que levou Ângela e Eliane à morte, e que, depois, buscou incessantemente justificar essas mortes com base na conduta das vítimas. A tal defesa da honra era reivindicada. O movimento de mulheres não se calou e colocou em questão as insígnias do "em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher" ou a ideia de que "um tapinha não doi".
O tempo passou e, em 2000, a própria mídia foi pano de fundo para um crime análogo. A jornalista Sandra Gomide foi morta pelo ex-namorado, Pimenta Neves, então diretor de redação de O Estado de São Paulo. O assassinato aconteceu precisamente porque o namoro acabou. Por conta disso, ela sofreu agressões físicas e verbais, perdeu seu emprego, foi perseguida. Neves chegou a ameaçar de retaliações qualquer pessoa que oferecesse trabalho a Sandra. Pela mídia, a moça chegou a ser tratada como "aquela que namorou com o chefe para subir na vida".
Em 2008, outro episódio de violência contra mulher gerou comoção nacional. Eloá Pimentel, com seus 15 anos, praticamente foi assassinada ao vivo e em rede nacional pelo ex-namorado, que a sequestrou e a manteve em cativeiro por cinco dias. A agonia da menina foi acompanhada em tempo real, e ao se tornar a personagem central de uma história dramática, ela, como as já citadas, teve sua vida exposta e sua conduta julgada, apresentada como principal fundamento do comportamento agressivo de seu assassino.
Há poucos meses, a vítima foi Maria Islaine, cabelereira, morta pelo ex-marido diante de câmeras que ela mesma mandou instalar no salão onde trabalhava, julgando que essa atitude a protegeria da violência anunciada. Dias atrás, tivemos a infelicidade de testemunhar o advogado do assassino defendendo seu cliente com o bom e velho “ela provocou”.
Eliza e Mércia
Agora, a mídia tem apresentado as histórias de Eliza Samudio e de Mércia Nakashima como se fossem romances policiais. Convida-nos a acompanhar cada momento, provoca comoção, sugere respostas, vasculha a vida das mulheres mortas e as expõe a julgamento público, sem direito de defesa. A tragédia é exaustivamente explorada, e no final, a lição que fica é: elas procuraram.
Mércia morreu, aparentemente, porque rejeitou seu ex-namorado. Cometeu o desaconselhável equívoco de querer sua vida para si mesma, de não aceitar perseguições, sanções ou intimidações. Entretanto, tem-se falado em traição e ciúmes. E lá vem, de novo, a conversa fiada da defesa da honra. Mas é Mércia quem não está mais aqui para defender a sua.
De Eliza, disse-se de tudo: maria-chuteira, garota de programa, abusada, oportunista. Acontece que não importa. Não importa se ela foi garota de programa, se era advogada, modelo, atriz, estudante ou deputada. Ela está morta. E morreu, aparentemente, porque o pai de seu filho não queria arcar com as obrigações legais e éticas de tê-la engravidado.
Ela nunca vai poder se defender das acusações póstumas. Não vai ao “Superpop” defender sua versão ou sua história. Não vai estampar a capa de “Contigo”, acompanhada de frases de impacto entre aspas. Ela está morta, e o que ela fez ou deixou de fazer, pouco importa agora. E seria prudente, inclusive, evitar julgá-la pelo crime que a matou.
Mais uma vez, a história se repete. Mulheres são mortas por homens com quem se envolveram. Assassinos frios, esses homens tiraram a vida de mulheres confiando na impunidade, porque há quem os “compreenda”. A morte de Eliza e de Mércia parece ter sido calculada e premeditada. E mesmo assim, segue ecoando a ideia de que a culpa é delas, que elas procuraram, que elas provocaram.
O espetáculo da morte
Infelizmente, histórias como as de Eliza, Mércia, Eloá, Maria, Sandra, Ângela e Eliane são muito mais comuns do que se imagina. E antes de culminar em assassinato, outras formas de violência foram praticadas contra cada uma delas, como acontece com muitas – as que morrem e as que se salvam.
A espetacularização promovida pela mídia, no entanto, faz parecer que são histórias ímpares e distantes do cotidiano da vida real. Como se o perigo não morasse ao lado, como se muitas não dormissem com o inimigo. Na sua família, na sua vizinhança, no seu local de trabalho, no seu círculo de amigos, certamente há casos de violência contra mulheres, e certamente você ouviu falar de pelo menos um deles. Em recente levantamento, a ONG Centro pelo Direito à Moradia contra Despejos apontou que uma mulher é agredida a cada 15 segundos no Brasil, e uma em cada quatro afirma já ter sofrido violência. Há que se considerar também que existem as que não afirmam – por medo ou vergonha.
Essas mulheres não são co-autoras de seu assassinato. É recorrente a trama montada para torná-las rés, para justificar suas mortes nas ações delas mesmas, para tolerar a violência. “Que sirvam de exemplo”, parece que dizem.
Num mundo em que a desigualdade entre mulheres e homens se expressa visivelmente desde na divisão das tarefas domésticas até no controle dos corpos delas pela Igreja ou pelo Estado, passando pela realidade de violência e pela discriminação no mercado de trabalho ou por serem tratadas como objetos descartáveis na rua e na TV; ninguém pode dizer que não sabia; nem fazer piadinhas que celebram os casos. São mulheres de carne e osso, não são personagens de novela.
São cúmplices dessa violência todos os que a toleram ou que buscam subterfúgios no comportamento da vítima para declará-la culpada por sua própria morte. São cúmplices silenciosos, igualmente, aqueles que fingem que machismo, discriminação e opressão são peças de ficção.
*Alessandra Terribili é jornalista
Resultado do Sorteio
Temos a alegria de anunciar a ganhadora!!
A sorteada foi .................Geovana Centeno, de Passo D'areia, Santa Maria no Rio Grande do Sul.
..... Parabéns!!!!
Enviaremos um e-mail para que você nos forneça seu endereço para que seja enviado o livro.
Agradecemos a todos pela participação e até a próxima promoção.
Valeu!!