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A Oprah é genial e a sexualidade americana vai mal


Estava assistindo ao programa da Oprah-que aliás adoro, por ser de verdade um programa de utilidade pública- e fiquei chocada com os dados apresentados pela ginecologista e sexóloga que ela entrevistava: 68% das mães norteamericanas nunca falou com suas filhas adolescentes sobre sexo.

Os Estados Unidos da América é o país de primeiro mundo com maior número de adolescentes grávidas antes dos 16 anos!

No programa havia um grande debate com a plateia, a ginecologista, um grupo de mulheres do meio oeste (uma das regiões mais tradicionalistas de lá) falando ao vivo e a própria Oprah.

Num dado momento, a conversa foi sobre orgasmo. Daí a coisa pegou. As senhoras do meio oeste disseram-se chocadas com este tipo de debate em uma televisão e que nunca falariam com suas filhas sobre orgasmo.

Não adiantou os argumentos da doutora e da Oprah.

Quando se fala em prazer com o próprio corpo então? É o demônio!

Como é que uma sociedade pode melhorar, quando as mulheres não conseguem entender, em pleno século XXI, que o seu próprio prazer precisa começar em sí.

E que para isso, a família tem que se abrir e conversar sobre isso.

Principalmente as mães de meninas e futuras adolescentes e mulheres.

Mas, quando este papel é entregue ao primeiro homem da vida de uma menina moça, daí a coisa complica. Porque, a partir dali o seu prazer estará sempre ligado a vontade do outro e não a sua.

Sei que não é um assunto fácil pra nenhuma sociedade, mas pelo que sinto em meu círculo familiar e de amigos, nós estamos bem mais adiantados que a grande potência mundial.

Graças a esta mistura de raças e religiões que é o Brasil, temos mais naturalidade com nossos corpos e para falar também. Qualquer boteco já vira um divã por aqui, o que é ótimo.

E lá com aquela mentalidade messiânica reinante, tudo fica engessado, até o prazer.

Amo a Oprah pela coragem e destemor com que ela traz a baila estas polêmicas, escancarando os problemas maiores da sociedade deles e ajudando assim realmente as pessoas que estão ligadas nela.

Despertando ódio ou admiração, ela coloca os assuntos mais escondidos em cima da mesa de jantar da sociedade americana. A Oprah é genial!

7 comentários:

Mara Pusch disse...

Queridas, eu também assisti o programa e penso que aqui no Brasil não é muito diferente não. As meninas estão mais liberadas mas as mães continuam delegando este papel para "terceiros". Trabalho na Adolescência da Escola Paulista de Medicina e sei que muitas meninas (futuras mulheres) não sabem o que é prazer, muito menos que é um direito independente de parceria. Masturbação ainda é mito. Já com os meninos a realidade é bem diferente. Mulheres que pensam de forma machista. Espero que a gente consiga mudar esta realidade! Gde bjo

Anita disse...

O Brasil tem muitas realidades diferentes. Não da para comparar o Rio com o resto do pais. Não ha educação sexual nas escolas nem planos futuros para um programa consistente para ser aplicado em todo território nacional. Acho que fora dos grandes centros brasileiros as maes não falam nada não... Mas que bom que a Oprah da essas cutucadas nos tabus, hein !

Ana Cecília Vidaurre disse...

Grazi, acho que sou exceção, não suporto a Oprah... não me passa uma coisa verdadeira, parece tudo sempre fake, simplesmente não vejo.
Mas essa questão da sociedade americana é impressionante.
Como NY está sempre em evidência, esquecemos que o país é enooorme e careta em muitas questões.
Ainda precisam evoluir muito no diálogo e educação sexual!!
bjos,

Faby disse...

Também assisti ao programa que me chamou muito a atenção, apesar de ser mãe de menino.
Até entendo que as coisas estão bem diferentes da minha adolescência pra cá, mas acredito que nós brasileiras ainda estamos um pouquinho além da realidade americana. Elas acham um palavrão falar a palavra masturbação!
E fiquei um pouco na dúvida a respeito da entrevista com a menina de 10 anos. Será que ela estava preparada para entender todo o aspecto técnico da coisa??? Será que eu sou muito careta, mas não é um pouco cedo?
Beijos
Faby

Mariangela Buchala disse...

HUMMMMMMMMMM não vi a entrevista. Mas a sexualidade americana sempre foi "duvidosa". Morei lá aos 17, 24 e 38 e não vi diferença na forma como abordam o sexo.

Sexualidade tem a ver com muito mais que fazer sexo!

É claro que falo da grande maioria da população, da cultura sexual q permeia a família americana.

Mas, popularizando o tema, veja o exemplo do seriado Sexy and the City - as personagens (não me matem) me pareciam sempre muito caricatas. Aquela coisa "help me, help me to get some more".
Fiquei mais tranquila quando no filme, elas descobrem o amor.

Sempre me perguntava sobre o sucesso do seriado!!! No mundo.

Tenho dois filhos homens, 17 e 14 - um romântico e o outro curtidor. Observo as relações e o problema é: o romântico não encontra uma namorada que queira namorar, e o curtidor rodeado de meninas de idade semelhante que demandam bem! Mas os dois estudaram em escolas e conviveram em meios onde a sexualidade estava presente.

Sem contato real, como vão falar de sexo?
bjs

Anônimo disse...

OprahOprah. Não acredito que levem isso a sério.Ela é o máximo dos americanos. Não acham que um país que tem Oprah como o máximo tem que ter uma sexualidade limitada?

Soninha disse...

Grazi

Adoro seus posts! Mas você vai me perdoar. Estou com a Cécil e não abro: odeioooooooo a Oprah...

Pior só mesmo a versão nacional, a Ana Maria Brega. (risos)

Prefiro o Louro José. Aliás, vi uma caneca com a cara dele no lançamento da Globo Marcas. Existe algo mais brega? Genial! O Inteirativa não deveria ter um mascote também?

Angel, que tal pensarmos nisso no novo layout?

bjs