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Nair de Teffé (1886-1981) - Uma INTEIRATIVA


Tive oportunidade de conhecer a Ilha Francisca, em Angra dos Reis no litoral sul do Rio de Janeiro. A ilha com 10 mil metros quadrados foi presente do Marechal Hermes da Fonseca, presidente do Brasil, marido de Nair.

Como podem ver nas fotos o lugar é uma beleza, foi comprada há três anos praticamente destruída e os atuais proprietários fizeram uma obra de recuperação e restauro procurando manter o projeto mais próximo possível do original.

Depois da visita fiquei curiosa para conhecer mais sobre Nair de Teffé. Ela estudou na França e foi a primeira caricaturista da imprensa brasileira usando o pseudônimo Rian (Nair ao contrário). Aliás era dela o cinema Rian, na Av. Atlântica em Copacabana, hoje já demolido.

Imagine naquela época uma mulher de sociedade que trabalhava (em jornais e revistas) e ainda casou com um viúvo de 58 anos tendo ela 27. Era uma mulher irreverente, muito moderna e chocou a sociedade ao introduzir o maxixe, com a música "Corta-jaca" de Chiquinha Gonzaga, em recitais no Palácio do Catete.

Com a morte do Marechal e como não tinha filho, adotou três crianças. Profundamente abalada com a viuvez ficou sem fazer caricaturas por vários anos voltando somente aos traços, quando estava com 73 anos.

Financeiramente não teve uma velhice tranquila e para complicar a Receita Federal passou a lhe cobrar impostos atrasados. E sabe qual foi a sua reação? Em vez de preencher o formulário da Receita, desenhou no próprio formulário uma caricatura do então ministro da Fazenda, Delfim Netto.

Nair dizia que não gostava de duas coisas: imposto de renda e ser chamada de primeira-dama. Aos 88 anos, lúcida, escreveu seu livro de memórias e morreu aos 95 no dia de seu aniversário.

Que mulher incrível, passei a ser sua fã!

Ela era ou não uma INTEIRATIVA?

Escritório onde Nair de Teffé fazia as caricaturas

Fonte Internet

2 comentários:

Maria Lúcia Poyares disse...

Mônica, fiquei encantada com a história de Nair de Teffé, que deveria ser uma mulher bastante arrojada para àquela época, além de espirituosa, ao deixar seu protesto no formulário do Imposto de Renda ao desenhar o Delfim Netto o eterno "cuidador" das finanças... dos outros.

plurale disse...

Angel

Conhecia um pouco desta história, mas a sua riqueza de detalhes e as fotos estão bárbaras!!!!

Amei.

bj