Claudia Alencar
Já perdi saúde pelo dinheiro e já gastei dinheiro para ter saúde. Poucas vezes... e isso é notório, porque não tenho tanto dinheiro e tenho muita saúde. Heheh
Mas já perdi saúde pelo $$ que chamava de arte: gravando uma novela, entrava numa cachoeira com 2 graus de temperatura, (me fazendo de sex) e fui fazer à noite teatro com 39 graus de febre: estava- sem saber - com uma inflamação na base do pulmão. Orgulhava-me em dizer:
-“Tudo pela arte, não deixei de fazer a peça só porque estava doente”.
Bah! Hoje tento não fazer mais nada disso.
Ainda penso no futuro, às vezes ansiosamente: - Como poderei me proteger mais tarde, quando estiver velhinha?Mais jovem pensava: - Como ganhar dinheiro com minha arte? Como ter família e carreira? Como encontrar o meu amor?Como transformar o mundo pela arte?
Descobria passo a passo que era fazendo o meu melhor hoje, assim com certeza acalmava minhas preocupações futuras. Mas muitas vezes a preguiça me colocava de papo pro ar, a luxúria me envolvia, os falsos amores roubavam tempo, as duvidas do que fazer e como fazer me paralisavam, minha auto critica amedrontava, atava e eu não criava, não produzia com medo, achando que era medíocre...
Não fazia o que deveria e nem o que me daria prazer.
Hoje brigo com os mesmos fantasmas. Mas brigo. E ganho mais vezes. Acho....
Mas criei alegrias, filhos, amigos, amor, arte, inspirações, livros, arvores, inimigos, rugas e pelancas também.
Espero que não morra achando que não vivi... Provavelmente lamentarei não ter vivido o meu melhor todos os dias e me consolarei dizendo que é uma missão impossível.
Só para Dalais Lamas.
Que pena que não consegui ser um.
Mas já perdi saúde pelo $$ que chamava de arte: gravando uma novela, entrava numa cachoeira com 2 graus de temperatura, (me fazendo de sex) e fui fazer à noite teatro com 39 graus de febre: estava- sem saber - com uma inflamação na base do pulmão. Orgulhava-me em dizer:
-“Tudo pela arte, não deixei de fazer a peça só porque estava doente”.
Bah! Hoje tento não fazer mais nada disso.
Ainda penso no futuro, às vezes ansiosamente: - Como poderei me proteger mais tarde, quando estiver velhinha?Mais jovem pensava: - Como ganhar dinheiro com minha arte? Como ter família e carreira? Como encontrar o meu amor?Como transformar o mundo pela arte?
Descobria passo a passo que era fazendo o meu melhor hoje, assim com certeza acalmava minhas preocupações futuras. Mas muitas vezes a preguiça me colocava de papo pro ar, a luxúria me envolvia, os falsos amores roubavam tempo, as duvidas do que fazer e como fazer me paralisavam, minha auto critica amedrontava, atava e eu não criava, não produzia com medo, achando que era medíocre...
Não fazia o que deveria e nem o que me daria prazer.
Hoje brigo com os mesmos fantasmas. Mas brigo. E ganho mais vezes. Acho....
Mas criei alegrias, filhos, amigos, amor, arte, inspirações, livros, arvores, inimigos, rugas e pelancas também.
Espero que não morra achando que não vivi... Provavelmente lamentarei não ter vivido o meu melhor todos os dias e me consolarei dizendo que é uma missão impossível.
Só para Dalais Lamas.
Que pena que não consegui ser um.
2 comentários:
Claudia, ainda bem que você não é um Dalai Lamas e está bem pertinho de nós nos encantando com sua arte e bom humor.
Beijinhos
Claudia, é caminhando q se faz o caminho...fez legal! bjs
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