Por mim sambava toda semana, todo dia, sem reclamar.
Fico vendo a alegria que as pessoas ficam num carnaval e sempre que vem ao Rio e as levo ao samba. E me delicio com este fenômeno. Algo tão simples, barato, acessível, democrático.
Todas as tribos e cores se juntam no samba. Não importa se é rico ou pobre, sambar se samba unido. Tem que cantar, rebolar, suar, e dai todos são iguais. Claro que as diferenças são na arte de tocar o instrumento na roda de samba e soltar o corpo compassado na pista. Mas vale tudo na tentativa de absorver este presente que a Bahia deu ao Brasil e que os cariocas diversificaram tanto.
Sim, porque samba carioca é único em tudo.
Desde o encantamento da batida perfeita, passando pelo gingado dos passistas, até chegar a beleza negra do ballet de braços no desenvolver do ritmo.
E isto não é nenhum tipo de diferenciação, só um reconhecimento: o samba tá na alma negra, e nós brasileiros mais "branquelas", nos esfalfamos para apreender a sambar e a tocar, enquanto para a irmandade previlegiada, flui naturalmente..
O samba é o Brasil mais real e perfeito, onde todos tem acesso e todos tem o mesmo espaço para usufruir e criar.
Onde simplesmente estamos juntos a bailar e nos misturar, sem querer saber de onde, pra onde e todas estas perguntas pífias que só fazem é nos estratificar.
Viva o samba, a mistura, a igualdade, a alegria e o direito de todos a ocupar o espaço social generosamente.
Um comentário:
Palmas, palmas e palmas, é isso aí...
Parabens pelo texto.
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