Maria Lúcia Poyares
Pensei seriamente em instituir, inaugurar, criar e, fica a escolha de vocês uma data para as mulheres, isso mesmo, vocês entenderam muito bem, as solitárias mulheres desse imenso Brasil, reunidas, pensar nas SEM NAMORADOS.
Sim, amigas mulheres sozinhas, o que está acontecendo com o relacionamento homem/mulher?
Que desencontro é esse?
Onde está aquele homem viril (não necessariamente musculoso) que nos envolvia em um clima de aconchego e proteção?
Não me refiro a proteção financeira e sim amorosa, àquele ombro amigo para escutar nossas tolices do dia a dia ou os planos mirabolantes para o futuro (fantasias) próprias do mundo feminino, aqueles comentários invejosos das amigas, etc etc que eles mal escutavam, mas diziam sorrindo: “coisas de mulher”
Sim, é verdade, “coisas de mulher” mas que faziam o diferencial entre o macho e a fêmea.
Amigas, eu estou vivendo tempo bastante para sentir essas diferenças e ausências, e não considero um bom momento para as mulheres.
A mulher de hoje é uma profissional altamente qualificada no mercado de trabalho, não tem dúvida, mas, e no recolhimento do quarto, deitada em uma bela cama, não falta algo?
Na minha visão, claro que falta aquele aconchego que lhe ajuda a dormir e acordar mais disposta.
Os casais têm seus desacertos cotidianos, mas nada que uma bela noite juntinho não resolva.
E, como mulher, confesso, comemorar com tanta euforia a data dos namorados me levou a pensar: quem sabe, festejando também a data dos SEM namorados nos leve a refletir, procurando encontrar solução para esses desencontros?
Sei que não depende somente da mulher e, com certeza, a autonomia financeira e profissional da mulher é um fator determinante, mas sempre, desde que mundo é mundo (nossos ancestrais já diziam) a mulher dispõe de algo que a natureza nos dotou e é indiscutível: artimanha feminina.
Vamos usar esses recursos ou preferem o Dia dos SEM namorados?
3 comentários:
linda...adorei o texto.
Eu acho que isso marketing dos homens... Eles adoram dizer que estão em falta no mercado... Não sei não.
Maravilha D. Maria Lúcia!!
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