Sempre desejadas!
Novo documentário da Carioca Filmes - “Mulatas- um tufão nos quadris”
Ainda não chegou o Natal, mas já tem gente esquentando os tamborins. E eu estou nessa galera, graças a Deus! Fiz assistência de direção do documentário “Mulatas- um tufão nos quadris” da produtora Carioca Filmes. O roteiro é do Aydano André Motta e a direção do Walmor Pamplona. As gravações foram muitos divertidas e emocionantes. Vocês vão ver o resultado na tela grande neste carnaval. Aqui vai um esquenta. Uma entrevista rápida com o diretor do documentário.
1- Por que Mulatas?
O Carnaval é um assunto cinematográfico pouco explorado. Como em qualquer universo criativo, tem personagens interessantes, cujas experiências de vida têm força universal. As mulatas hoje são protagonistas do Carnaval. E claramente vivem um grande conflito existencial entre a euforia do Carnaval e a dureza da vida pobre e violenta.
2- Você é do mundo do samba?
Não sou do mundo do samba, mas conto com um roteirista que é jornalista especialista em Carnaval por 24 anos, o Aydano André Motta. Interesse pelo mundo do samba existe e o Aydano ajudou muito nesta investigação. Outras virão!
3- O que esperava encontrar nessas entrevistas? O que encontrou?
Emoção, sobretudo. Alegria, tristeza, paixão e dor. Encontrei tudo isso com uma força impressionante.
4 - Qual a sua predileta? Por que?
O filme mostra o lado mais forte de todas. Toda a "ala" é impressionante!
5 - Vê se reconhece esta: - Como você explicaria para um ET o que é uma mulata?
Não perca o filme "Mulatas! Um tufão nos quadris" !!!!
Paul, Hair, Aquário, maluco beleza e bicho-grilo
Sônia Araripe
Perdemos os dois shows ao vivo do Paul McCartney. Nós e meio Brasil, vamos combinar. Os ingressos se esgotaram num suspiro e a vontade de conferir de perto o único sobrevivente que ainda se apresenta do grupo dos besouros ficou prá depois.
Teve um arremedo de ao vivo na Globo, na verdade, edição pura e confusa. Mas deu prá sentir que foi bacana, foi legal, certinho, mas não foi esta coca-cola toda.
Felizmente tivemos nosso prêmio de consolação, digamos assim. Fomos assistir Hair no Teatro Oi Casa Grande, no Leblon. Já contei antes: o Rio tem mesmo sorte por contar com uma safra tão firme e consistente de musicais.
São vários nos últimos tempos. Sem falar os balés e espetáculos de música clássica.
Mas vamos nos concentrar no Hair. Ao contrário das sessões que enchem de senhorinhas eufóricas na melho idade, desta vez o que se viu foram os mais jovens e a turma que está chegando ao "enta": entre os quarenta e cinquentas. Nesta faixa. Claro, tinham também os mais experientes e os mais jovens - nós estávamos com dois legítimos representantes do público adolescente - mas é um espetáculo prá quem ouviu falar dos hippies, acompanhou um irmão mais velho, um tio, um pai mais cuca fresca.
Jesus! Tem expressão que denuncie mais a idade do que "cuca fresca"? E "patota"? Ou podemos também citar "broto", "bicho-grilo" e "peixinho de aquário". É, num tem jeito, Hair corre nesta faixa.
E têm também os malucos beleza. O elenco do musical só ouviu falar de tudo isso, claro. Todos jovens, bem jovens, na faixa ainda dos vinte, por aí. Lindos, lindas. Fortes, magrinhos, cabeludos de verdade, cabeludos de mentirinha.
Dançam muito, alguns cantam muito bem, outros ainda precisam ter mais aulas para reforçar o timbre. É o caso da mocinha principal, ativista, de cachos angelicais. Bem itencionada, fofa, mas não acerta o tom. Em compensação, os outros personagens principais dão um show. Mesmo. Do início ao fim.
O jovem que interpreta Berg, o líder do grupo ou família, ou patota, vai, porque não, é um verdadeiro monumento. Colosso, Deus. Quem senta na primeira fila pode ver bem de perto. Também o outro líder, chamado Claude. Dá vontade de adotar e levar prá casa.
O figurino - trocado várias vezes - é deslumbrante e me fez lembrar a minha irmã e suas amigas saindo prás baladas da época. Eram como mesmo? Hi fi? Não, isso era na minha época. Eram... sei lá. Num vem ao caso. A iluminação é determinante e a banda ao vivo é de fazer o coração bater mais forte.
Algumas traduções das músicas soam um tanto estranhas aos ouvidos tão acostumados com as originais. Mas tudo bem. Tudo pela arte. Estão todas lá: Aquário, Let`s the sunshine in ... e por aí seguem. Lindas.
As senhorinhas, principalmente as que não tem cuca-fresca, ficam ruborizadas sim com o nu frontal no término do primeiro ato. Mas Maria Lúcia, suas amigas e toda sorte de jovens em qualquer idade entendem que é parte do show, é parte do show. O que é bonito é prá se apreciar, num é isso? O teatro fica mudo, mas quem cala consente. Todos aplaudem. E o segundo ato volta com mais ritmo, mais intenso. Overdose total.
Vale mesmo assistir. Fica em cartaz ainda por alguns fins de semana. Não é recomendado para quem não tiver um quê de maluco beleza. Neste caso, o melhor é esperar a reedição de Noviça Rebelde.
O Abraço do Cristo Redentor
Para simular o abraço, o cineasta Fernando Salis usou oito projetores, que cobriram a estátua com imagens do Rio, como sobrevoos de asa-delta, as florestas e até mesmo o trânsito.
Ao som de Bachianas Brasileiras n.º 7, de Villa Lobos, e com animação em 3D, a estátua parece fechar os braços.
Espaço das Leitoras
Só falta mesmo provar seus quitutes, que pelas fotos publicadas em seu blog Um Divã na Cozinha, devem ser uma delícia.
"Cozinha, uma paixão"
Sempre gostei da alquimia gastronômica. Apesar de ter dado trabalho aos meus pais quando pequena porque não colocava nada na boca na hora das refeições, lembro-me de ter apreciado meu avô por várias vezes cozinhando nas datas festivas. Ele era maitre e sabia de tudo e mais um pouco do ofício da cozinha profissional. Mas nessa época eu nem imaginava que um dia seguiria este caminho.
Quando prestei vestibular, ainda sem a certeza do que queria, optei por Comunicação Social. Logo deixei de lado a idéia de me tornar publicitária e fui bater na porta de alguns restaurantes de São Paulo para pedir estágio.
Precisava saber o que estava acontecendo no mercado da gastronomia, quais eram as técnicas, o que acontecia nos bastidores, se a idéia de virar cozinheira, que martelava minha cabeça incessantemente, era viável ou apenas maluquice, herança do avô careca.
Quando coloquei meus pés na cozinha do Sergio Arno entendi o mundo de maneira melhor. Daquele momento em diante não parei de respirar outra coisa senão gastronomia.
E foram muitos os chefs generosos que abriram suas portas para meu longo percurso, até começar a andar com minhas próprias pernas.
Para encurtar um pouco toda história, hoje trabalho com personal chef, faço jantares particulares com cardápio exclusivo e dou aulas em espaços gourmets.
Estou agora fazendo curso de Hotelaria na PUCC de Campinas, em busca de mais conhecimento e pensando também em outras portas abertas.
Contato: Regina Bui - Chef de cozinha
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Dois espetáculos maravilhosos
O Rio de Janeiro voltou a fervilhar, a ser a boa e velha "capital" da cultura. Basta citar os recentes espetáculos em cartaz.
Alguém poderá lembrar, é verdade, que Sir. Paul McCartney só tocará com sua banda em São Paulo. Mas vamos ficar com os bons exemplos recentes no balneário carioca.
Citamos Baryshnikov, alguns posts aqui abaixo. Lindoooo!
Agora tivemos o Momix, com Botanica, by Moses Pendleton. Assistimos no último sábado. Faltam até adjetivos. Incrível, deslumbrante, inesquecível. O som eletrônico ali no novo Theatro Municipal ainda deixa a desejar - ninguém se iluda - mas é um detalhe que sempre pode ser melhorado.
A companhia de dança já tinha se apresentado há alguns anos no Brasil, em uma turnê que também tivemos o privilégio de assistir. No mesmo Municipal. Mas o espetáculo Botanica é todo peculiar. O que dizer das mãos que parecem vagalumes, ou dos unicórnios dançantes e guerreiros? Sem falar nas flores, folhas, animais da floresta nas quatro estações.
Paulo Barros, o carnavalesco campeão, certamente não perdeu o show. Dali é possível tirar várias inspirações. Os adereços fazem toda a diferença. O que dizer da mega "gaiola" (no alto) que é vestida como um grande chapéu ou um abajur e voa no ar como se fosse uma pluma? A bailarina não para de rodopiar. Incrível mesmo.
Um dia depois, fomos conferir Cats, no Viva Rio. Elenco brasileiríssimo (foto acima), peça original com músicas adaptadas pelo grande Toquinho, cenário e figurinos super criativos deixam o público inebriado. A voz da cantora Paula Lima, de Ídolos, chama a atenção, na música tema, Melody. E por aí vai. um programa para todas as idades. A criançada adora e os avós curtem também. Nem deixa saudades do original assistido há cerca de 25 anos na estreia pessoal na Broadway.
Na saída, mais uma confirmação que a capital está mesmo "in". Os atores mirins de Crepúsculo filmavam no Mam, tendo a Baía de Guanabara ao fundo.
O Rio tá com tudo e tá prosa!
p.s. Estaremos tb no Hair, em cartaz no Oi Casa Grande. Em breve contamos como foi. O público parece que está amando a montagem da dupla genial Cláudio Botelho e Charles Müller.
Perfume de grife recarregável
Esta é boa. Perfume de grife com frascos recicláveis.
Um novo design da fragrância Flowerbykenzo, com novos frascos recarregáveis que constituem uma mudança significativa que confirma o compromisso da marca Kenzo com a preservação do nosso planeta.
Como se protege uma flor? Usando o mesmo frasco indefinidamente. Sem ser alterado o design, o vaporizador pode agora ser desenroscado do frasco. A Kenzo desenvolveu um novo modelo de consumo em torno dos produtos recarregáveis, assegurando assim uma diminuição do impacto sobre o planeta.
As mudanças beneficiam a todos: o planeta e o consumidor. Para a recarga individual foi desenvolvido refil de 50 ml. A proposta serve também para reduzir o consumo de energia e a emissão de gases poluentes.
Refil FlowerbyKenzoFoi desenvolvido para ser leve e minimalista, mantendo sua real função, de guardar o perfume necessário para preencher o frasco. Com isso seu peso é reduzido em 52% comparado ao frasco tradicional, diminuindo assim consumo de recursos e emissão de gases.
Benefícios AmbientaisPerfumes recarregáveis reduzem o consumo de energia em 68%, de matéria-prima em 69% e a emissão de gases nocivos em 66%.
O refil de 50 ml vai custar o mesmo preço dos frascos tradicionais de FlowerbyKenzo 30 ml.
A leveza da sustentabilidade de Mikhail Baryshnikov
O tempo costuma ser cruel com os bailarinos. Principalmente com as bailarinas.
Os artistas ainda conseguem perecer por mais algum tempo do que suas parceiras no palco. Rudolf Nureyev resistiu. Outros tantos também. Mas poucos, praticamente nenhum, com a aura e a leveza de Mikhail Baryshinikov.
Aos 63 anos (!), ele esbanja uma jovialidade que muitos com a metade da idade não conseguem mais envergar.
Quando entrou ontem de noite no palco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro para a segunda - e última - apresentação da turnê "Três solos e um dueto", parecia ter o frescor de alguém recém-saído de uma caminhada em Ipanema.
Charmoso, envergando um terno moderno, dançou sozinho ao som de "Valse-Fantasie". Esquentou o público que lotou a sala, agora totalmente reformada, ainda mais linda e histórica, um espetáculo à parte.
Quando sua partner no espetáculo, a espanhola Ana Laguna, entrou no palco para "Solo for two", já era de se esperar o resultado. A plateia delirou.
O encerramento do segundo alto foi "Years later", com Baryshnikov dançando com ele mesmo. Ainda jovem, na então URSS (nasceu em Riga, Letônia e deixou a Rússia em 1974, sendo recebido de braços abertos pela cosmopolita New York). Em um fantástico jogo de luzes e sombras, o bailarino tenta dar uma volta no tempo, aparentendo estar ainda mais jovial e leve do que naquela época das malhas pretas e sisudas dos 18 anos.
No intervalo é possível encontrar vips globais na plateia: parecia encontro do elenco de Passione. Mariana Ximenes, Cauã Reymond e sua Grazi Mazzafera, Maitê Proença, Carolina Dieckman, etc. Também Marília Pera e Camila Pitanga.
Volta o segundo ato e o astro parece estar ainda mais revigorado. Sentados perto do palco é possível sentir sua respiração, sua alegria e tristeza. Em "Place", os dois bailarinos parecem discutir a relação, tendo com cenário apenas um tapete e uma simples mesa. Genial, estupendo!
Os dois parecem ora valsar, ora discutir, ora morrer. Ana não deixa sua passagem ser apenas um arremedo perto de tamanho ícone. Tem expressividade e uma presença de palco incríveis.
O espetáculo acaba em cerca de 1h40 com gosto de quero mais. Baryshnikov e Laguna são aplaudidos de pé por longos minutos. Ninguém quer arredar o pé. As cortinas se fechame e aí fica o gosto de ter participado de um belo drible no tempo.
Ou alguém duvida que há algo mais fantástico do que um drible no tempo?
A turnê continua esta semana por Brasília (dia 4 nov) e segue para Lima, Peru (dias 8 e 9 nov), para se encerrar em Manaus, no belíssimo Teatro Amazonas, nos dias 14 e 15.