Dedicado às mulheres inteiras e ativas de todas as idades, cores e formas. Mulheres que interagem e abraçam a vida como der, puder e vier.
Sempre desejadas!








Estou Aqui de Passagem


Oi Galera,
Já voltei pr'aquele país estranho abaixo do nível do mar e o único que se expande no mundo. Todavia, ainda tenho muito material brasileiro (=fotos) pra desovar pelos blogs que sustento. Por isso você ainda vão me ver por um tempo discorrendo sobre assuntos tupi-guaranis. Aaah, nada como ficar fora um tempinho do lugar onde se nasceu e viveu. Quando você retorna, há o misto de estranhamento/familiaridade, desconforto/intimidade. Tudo igual mas tudo diferente.

Um pouco do meu olhar gringo - ou coisas que eu achei bizarrice:

- Após a feijoada (ou churrascada, ou pizzada ou sirizada ou buchada de bode ou qualquer outro prato regional de muita sustança) o cafezinho do povo TEM tem que ser com adoçante. E' a promessa de uma vida mais magra & saudável.
- A ciclovia na orla carioca - pasmem - é para pedestres também. Devia se chamar “ciclopedovia”.
- No restaurante de comida a quilo ninguém faz um prato "temático". Ou seja: se tem macarrão não deve se colocar farofa, se tem carne não deveria colocar bobó de camarão. Mas os comensais são ecléticos: rola sushi com carré a mineira, linguiça alemã como polvo grelhado, etc.. Sem preconceito !
- Ta na moda agora comprar passagem na Rodoviária Novo Rio com horário quebradinhos como no primeiro mundo tipo: 8:29, 9:43. Pensei primeiro: "Oba ! Significa que vai sair na hora mesmo !" Tolinha que sou. Esses geralmente atrasam uns 20 minutos.
- Fui passar uns dias num Hotel Fazenda em Raposo no interior do RJ. Lugar limpo e tranquilo, muita mata nativa, água ma-ra-vi-lho-sa. Agora meus filhinhos, na área da piscina, depois do lauto almoço você querendo paz e só no maximo o barulhinho de um "tchbum" eventual na água... Eles colocavam um som ambiente zunindo nas alturas. Era Mamonas, Leandro e Leonardo, para bailar La Bamba, Axé, Xuxa, e uma constelaçãode estrelas de duplas sertanejas. Surtei.
- No caixa do supermercado há distribuição de plástico a vontade. Colocam primeiro um dentro do outro, depois para cada três produtinhos... mais dois saquinhos novos. Porque será que ninguém leva suas sacolas de casa ? Mistério.
- A noção de tempo continua muito flexível. "Daqui a uma hora, agora de manhã” pode acabar virando “la pro fim da tarde”. E “quase pronto” significa na verdade que apenas 10% a 20% do trabalho foi realizado.
- O pessoal usa o carro pra tudo. As vezes apenas para ficar matando o tempo. Meu pai uma vez na casa de praia chamou a gente pra "dar um passeio" depois do almoço com o intuito de "ajudar a digestão". Saímos pra rua e ele foi retirar o carro da garagem. O passeio pra ajudar a digestão consistia em ficar fazendo voltas de carro. Pai, assim não dá, olha o aquecimento global ! (e eu não deveria mais ficar tomando avião, Jesusssss !)

5 comentários:

Maria Lúcia Poyares disse...

Anita, aqui, nesse Brasil, cheio de imperfeições, reconhecemos, o que existe, demais, é AMÕR prá dar.
E já estamos, pode crer, é com saudades de você... beijinhos

Soninha disse...

Anita querida

Sem dúvida! Adoçante na churrascaria, sacolas plásticas de montão (se bem que isso vai mudar em breve com nova lei proibindo) e por aí vai.

Este é o noooosso Brasil.

bjinho

Mariangela Buchala disse...

Anitita tem razão em muitas coisas...a tal da sacola a gnt só vai lembrar de levar quando tirarem do supermercado. Tenho de pano, da Bélgica (q usava prá fazer compras lá), as ecológicas que levamos na praia para mostrar que somos politicamente corretos, as que substituem as bolsas (tem até assinada por estilistas...) mas confesso que eu mesma esqueço de levar as tais muitas vezes. Lamentável isso! Mas seu post me fez tomar uma atitude: coloquei todas atrás da porta de saída...daí não vou mais esquecer.

Só explico o adoçante - acostuma-se com o gosto...é só isso.

e a Lúcia que lembrou bem, afinal saudade é uma palavra que só existe em português. bjinho e volte mesmo assim.

Anita disse...

Os supermercados da Holanda não tem mais saquinhos plásticos. Ou você compra uma mega bolsa no caixa feita de fibra de arroz que custa uma graninha e so fura/rasga se for com britadeira ou você vai ter que trazer suas sacolas de casa. Ja aconteceu de eu precisar comprar um leite e uma caixa de ovos e tive que levar na mão pra casa. De resto estou com baita saudade e também muita vontade de comer baião de dois com queijinho grelhado por cima. Help!

Anita disse...

Que fofo o Luisinho: colocou receita de baião-de-dois la no blog "Alo Batatinhas Fritas". Alguém acredita que so descobri/comi tal iguaria pela primeira vez na vida semanas atras (Sumpablo, restaurante do MAM) ? Ja me redimi dessa falha no meu caráter de comensal...